A torcida do Botafogo vive a expectativa de ver o clube sair da fila de títulos de expressão em 2023, e com os craques do passado não é diferente. Presentes na cerimônia que marcou a inauguração da estátua de Garrincha e do Farol da Estrela Solitária em General Severiano na última terça-feira, campeões brasileiros em 1968 falaram sobre a busca pelo tri.
Em entrevista ao canal “Botafogo Nela”, da jornalista Aline Bordalo, Carlos Roberto, que como técnico também foi campeão carioca pelo Botafogo em 2006, destacou a força coletiva do elenco e previu que em breve alguns atletas serão lembrados na Seleção Brasileira.
– O time está muito bem, equilibrado, e por isso a esperança é grande de que a gente vá conseguir esse título que já estamos esperando há muito tempo. Individualmente não vejo não (alguém que se pareça com ele), a força desse time é bem coletiva. Nosso time tinha a parte coletiva e muitos valores individuais, haja visto que quase todos foram para a Seleção Brasileira. Os jogadores atuais também estão no caminho certo, daqui a pouco certamente alguns vão para a Seleção – projetou Carlos Roberto.
– Vejo o Botafogo como um time completo, unido, fechado, só pode dar certo. Hoje ainda não temos ninguém da Seleção Brasileira, mas em breve vamos ter uns três aí, pelo menos, aí vamos ficar contentes – afirmou o ex-lateral-direito Moreira.
Furacão da Copa de 1970 e um dos maiores jogadores da história do futebol mundial, Jairzinho foi mais cauteloso, como quase todo botafoguense.
– É bom não fazer propaganda, porque tem muita gente torcendo contra. Vamos seguir assim no silêncio, depois vamos explodir. O time está indo muito bem, as linhas estão completas, estão com um volume extraordinário de jogo e dando essa alegria para todo mundo. O grupo todo é extraordinário. E um ponto importantíssimo: quem entra faz tudo para que a capacidade tática do time não caia, às vezes se conserve ou até mesmo melhore – elogiou Jairzinho.
‘Só tiram o campeonato da gente se for no roubo’
Atacante do Botafogo na década de 1970, Nílson Dias mostrou empolgação com a fase do time, líder do Campeonato Brasileiro com 11 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, Grêmio.
– Só tira o campeonato se for no roubo. Se não, não dá para tirar não! É um grupo excelente, muito unido. Vou defender minha posição, nosso centroavante está fazendo a diferença, o Tiquinho. O grupo é excepcional, estamos sendo bem dirigidos, e gostaria de que o Caçapa tivesse continuado como treinador do Botafogo – opinou Nílson Dias, exaltando o artilheiro alvinegro:
– É a participação do Tiquinho como um todo, ele ataca, defende, e na hora de finalizar é quase perfeito, porque perfeito só o Pelé.