Até fazer sua estreia no Botafogo, na próxima quinta-feira, diante do Fortaleza, Tiago Nunes terá tido uma semana de trabalho. Na opinião do comentarista Renato Rodrigues, da ESPN, será difícil fazer qualquer análise do novo técnico alvinegro em 2023 devido ao curto período, aina mais com o time vivendo um momento ruim no Brasileirão.
– É uma incógnita. Eu não vou falar do trabalho de Tiago Nunes em 2023, porque não vai ter trabalho. Por mais que ele seja trabalhador, que vá atrás, não dá para a gente analisar um recorte tão pequeno dentro de um contexto tão caótico, que é uma reta final onde um clube tinha uma vantagem gigante, em que agora o time está brigando com uma questão mental, para se colocar na linha – afirmou Renato no “Sportscenter”.
Apesar de ter pouquíssimo tempo para trabalhar e corrigir falhas, Renato Rodrigues listou alguns pontos cruciais que Tiago Nunes precisará atacar.
– O primeiro ponto é o diagnóstico, tenho certeza de que ele voltou do Peru assistindo aos jogos do Botafogo repetidamente para ver o que dá para fazer de mais urgente e de mais simples. Ouvimos esse discurso do Mano Menezes quando chegou ao Corinthians: é hora de simplificar, atacar coisas bem claras – disse Renato, continuando:
– O Botafogo precisa se compactar de novo, é um time que está muito espaçado, precisa sustentar um pouco mais sua linha defensiva e parar de tomar tanto gol, não era assim no primeiro turno. Acho que ele vai trabalhar muito isso, a linha defensiva, coberturas e compactação. De resto, ele vai colocando alguns conteúdos, mas falar em tempo, em mudar a forma do time jogar, ou recolocar o Botafogo num nível de desempenho lá no alto… No futebol podemos esperar tudo, no futebol brasileiro mais ainda, mas não consigo projetar nada.
Para Renato Rodrigues, o mais importante no momento é conquistar uma vitória na quinta-feira, que recolocaria o Botafogo na liderança com o mesmo número de jogos do Palmeiras.
– O Botafogo precisa de resultado. No momento em que ele conseguir, mesmo na bacia das almas, vencer uma, que seja a próxima, recolocando-o numa situação em que depende só dele, as coisas pelo menos psicologicamente vão melhorar. Mas falar em trabalho de um treinador que chega nessas circunstâncias é bem complicado – salientou.