O comentarista Carlos Eduardo Lino detonou John Textor e atual situação do Botafogo, ainda sem treinador definido após mais de dois meses do fim da última temporada. Em debate no programa “Seleção SporTV”, Lino comparou o momento com as crises que aconteciam na época do clube associativo, pré-SAF.
– Jogador hoje, no contexto do Botafogo, é o menos culpado. Comando não quer dizer autoritarismo, dar bronca e apontar o dedo. Comando quer dizer tomar decisões. O Botafogo hoje está à mercê das decisões de um patrão. O Botafogo é comandado por um patrão que não age. Não vejo método nenhum no que o Textor está fazendo. É só bagunça. Porque, se tivesse método, ele não estava entrevistando um aqui, tentando outro lá, você fecha agora, no outro dia não dá, etc… Não tem método no que está acontecendo no Botafogo – disse Lino.
– É bagunça, como acontecia em outros tempos de Botafogo. Estou me lembrando de Botafogos que caíram, de Botafogos de Série B. O que acontece hoje no Botafogo está muito parecido com o tempo do Botafogo instituição, do tempo do Botafogo em que era bagunça. Só que a diferença agora é que é uma bagunça com dinheiro, e antes era bagunça sem dinheiro. O Botafogo era para ter tomado quatro, cinco ontem [do Racing]. Por um milagre do destino, acabou não tomando – completou, referindo-se ao primeiro jogo da final da Recopa.
Carlos Eduardo Lino ainda opinou sobre o que se trata o “Botafogo Way” que John Textor tanto fala.
– A gente trata o Textor como se ele fosse um cara que entendesse de futebol. Ele não entende de futebol, nem ele fala que entende. O Botafogo Way é um treinador que tenha status para poder representar essa unidade de negócios do Textor, que tenha fluência em inglês para poder se remeter a ele, com quem ele possa conversar. Levantou o telefone, ligou, ele quer conversar com o cara, e isso aí já bloqueia um monte de treinador brasileiro. Outra coisa do Botafogo Way é o cara acreditar no projeto de um dia representar uma outra unidade da rede de negócios do Textor na Europa – analisou.
