O que faz o Botafogo ser o terceiro pior mandante do Campeonato Brasileiro e o segundo melhor visitante? Nem mesmo os jogadores conseguem explicar. O comentarista Marcos Luca Valentim tem uma teoria, a qual apontou no “Redação SporTV” desta terça-feira, ao analisar a vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-MG no Mineirão.
– Tenho uma linha, que não necessariamente explica. Perdeu para o Avaí em junho, estava jogando bem, perdeu, teve muita vaia. Estava jogando, tentando chegar ao gol, aos 46 o Avaí abre o placar. Aí vem muitas vaias, o torcedor tem todo o direito do mundo, é um sentimento coletivo. O que me pegava era a apatia. O time voltava carregando o peso de várias derrotas. Entrou na zona, com pressão de ter que ganhar. Não estou dizendo que a torcida atrapalha, mas o time se contagia pelo “tem que ganhar” e se lança não da forma mais tática. Fora de casa não tem essa pressão. Um jogo como esse, se fosse em junho no Engenhão, o Botafogo provavelmente perderia o jogo – disse.
– O Botafogo não jogou um jogo exuberante, mas teve seu mérito. Foi lá e matou o jogo. O Keno entrou na cara do gol, fez tudo certo e jogou na trave. Já o Botafogo matou. Tiquinho está voando, participou dos dois gols. O Botafogo aproveitou as chances que teve para vencer – acrescentou.
O comentarista, por outro lado, fez elogios à torcida do Botafogo.
– Houve um perfeito entendimento da torcida com o momento do clube. Me parece que as cobranças são em cima do que pode oferecer no momento. Foi se entendendo com o andar da carruagem como funciona. O grande mérito da torcida é entender o momento, como pode cobrar e até onde pode cobrar. O Botafogo conseguiu traçar essa parceria onde os dois lados se entenderam – completou.
