Mesmo com um jogador a mais na maior parte do duelo, o Botafogo ficou no empate em 1 a 1 com o Vila Nova, nesta sexta-feira, em Goiânia, na estreia na Série B. Para o comentarista Raphael Rezende, no “Troca de Passes”, o jogo mostrou um problema recorrente do time alvinegro: dificuldade contra adversários fechados.
– O Botafogo teve que jogar boa parte da partida de maneira que lhe é pouquíssimo confortável, com adversário com linhas baixas, tendo que criar espaços. Mesmo no 11 contra 10, é uma grande dificuldade da equipe. Pouco se criou. Tem posse, circula a bola, mas tem dificuldade de infiltrar e acelerar o jogo. Passa pelo ambiente, gramado, se adaptar, mas esse é o Botafogo que tinha deixado bom sinal contra o Vasco, em contexto que adversário também se expõe e busca. Hoje até poderia se imaginar isso, mas o Vila Nova ficou com um menos muito cedo e se fechou – analisou Raphael Rezende.
– A temporada não é boa, principalmente ofensivamente para o Botafogo, que tem meio lento e faltam opções de velocidade. Os reforços ainda estão chegando. Já era para ter sido trabalhado no espaço entre Taça Guanabara e Taça Rio. Vão trocar pneu com carro andando, mesmo com Chamusca continuando. Por isso era importante a vitória. Time vai ser muito cobrado por não vencer no 11 contra 10 – acrescentou.
Para o comentarista, o Botafogo precisa de reforços em duas posições que não têm sido citadas.
– O início de jogo do Ronald foi muito bom. A questão é que para acelerar precisa de espaço. Quando não tinha, ficou mais complicado, ficou encaixotado, teve declínio físico e foi substituído. Ele é importante porque dá opção de velocidade em elenco carente. É posição que o Botafogo precisa se movimentar. Tem poucos jogadores de mais intensidade no meio e poucos de velocidade pelos lados, por mais que se discuta chegada do 9 e de um meia – completou Raphael Rezende.
