Depois de Palmeiras, São Paulo e Federação Paulista de Futebol terem se posicionado contra John Textor pelas denúncias de manipulação no futebol, agora foi o Corinthians quem fez críticas ao dono da SAF, na figura de Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do clube do Parque São Jorge.
Em entrevista ao programa “+3 Pontos“, do “Esporte na Band“, Tuma Júnior disse que prestou solidariedade a Palmeiras e São Paulo e chamou o empresário norte-americano de “irresponsável”.
– Recebi com muita tristeza. Entendo que aqueles que dirigem instituições como os clubes do futebol brasileiro não podem agir como torcedores. Temos nossas emoções, somos também torcedores, mas temos que agir com muita razão e separar a figura do torcedor da do dirigente e ter responsabilidade. Já prestei solidariedade aos presidentes dos Conselhos Deliberativos de Palmeiras e São Paulo. Acho uma irresponsabilidade total o que ele fez, até porque não vi até agora nenhuma prova, e se ele as tivesse teria que entregá-las para as autoridades competentes, e me parece que ele não fez isso e tampouco as têm de fato – disse Tuma Júnior.
O dirigente do Corinthians ainda chamou John Textor de “amador”, lembrando que o Botafogo é uma SAF.
– Estamos num momento em que os clubes têm se esforçado ao máximo para agir com profissionalismo, independentemente de terem funções profissionais, de receber salários. Quando você vê uma atitude dessa, de um dirigente que é dono de um clube, profissional, é uma irresponsabilidade daquele que teria obrigação de agir como empresa, como dono de uma SAF. É muito contraditório pregarmos a profissionalização dos clubes e um profissional do mercado, dono de uma instituição como o Botafogo, de muitas tradições, agir como se fosse um amador – criticou.
Na última quinta-feira, John Textor informou, em post no X (ex-Twitter), que havia entregado gravações de áudio à Polícia Civil, durante depoimento, e que outros documentos e vídeos seriam disponibilizados às autoridades em até dez dias. Por outro lado, o empresário irá a julgamento no STJD e corre risco de ser suspenso por conta dos episódios.
