Economista citado por Textor vê como ‘natural’ forte investimento em chegada ao Botafogo; fair play financeiro da Europa permite prejuízo nos anos iniciais

Economista citado por Textor vê como ‘natural’ forte investimento em chegada ao Botafogo; fair play financeiro da Europa permite prejuízo nos anos iniciais
Reprodução/YouTube

Citado por John Textor quando o dono da SAF do Botafogo fez críticas ao jornalista Danilo Lavieri e ao “UOL”, o economista Cesar Grafietti enxergou como “natural” o forte investimento que o empresário norte-americano tem feito no clube alvinegro nesse começo de gestão. Segundo ele, um forte aporte é necessário num clube que estava em grave situação financeira.

– Sempre que alguém compra uma empresa que está em dificuldades, tem que reformar. É natural que, em um primeiro momento, faça isso, um grande aporte. Todo mundo tem que entender isso. Mas ninguém tem bolso infinito. Ninguém vai botar R$ 300 ou R$ 400 milhões todo ano. Não tem bolso sem fundo. Em um primeiro momento é normal que se faça reforço de caixa – afirmou Grafietti ao portal “Band.com.br”.

O economista acrescentou que, no próprio fair play financeiro da Uefa, existe um mecanismo que autoriza esse tipo de investimento inicial num clube que passa por dificuldades.

– Na Uefa os clubes são autorizados a ter 60 milhões de euros de prejuízo na soma de três anos. Mas a Uefa autoriza que cada clube tenha até 90 milhões de prejuízo, se tiver aporte de um acionista – explicou Grafietti, acrescentando que essa diferença que pode ser “coberta” por um dono é até maior em países com regras específicas, como na Inglaterra.

Sugestão por mais transparência

Em post no Instagram na última semana, Textor afirmou que o Botafogo estaria em total conformidade com o fair play financeiro que existe na Europa. Grafietti, no entanto, afirmou que tal comparação é “irreal” e sugeriu mais transparências nas contas da SAF alvinegra.

– Fazer uma comparação do Botafogo em qualquer modelo europeu é irreal. Por exemplo: o modelo da Uefa faz a conta usando prejuízos acumulados de três anos. A SAF do Botafogo vai finalizar o segundo ano agora. No ano passado o Botafogo estourou. Neste ano não sabemos. O dirigente fala aquilo que a torcida quer. Para tentar abordar esse ponto seria importante mostrar se a receita subiu. O Botafogo teria que mostrar a renda a cada seis meses, mas falta transparência. Fazer essa comparação é irreal – pontuou.

Fonte: Redação FogãoNET e Band.com.br

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