Eduardo nem pensa em possível saída de Luís Castro: ‘Acredito muito que ele vai ficar no Botafogo, você sente ele feliz com o grupo’

Eduardo nem pensa em possível saída de Luís Castro: ‘Acredito muito que ele vai ficar no Botafogo, você sente ele feliz com o grupo’
Reprodução/SporTV

Ídolo do Al-Ahli e com muita experiência na Arábia Saudita, o meia Eduardo afirmou que o time do Botafogo nem pensa numa possível saída do técnico Luís Castro para o Al-Nassr. Apesar de frisar que a questão financeira acaba pesando muito, o jogador disse que confia na permanência do português, em entrevista no programa “Boleiragem”, do SporTV”, na noite desta segunda-feira (27/6).

Acredito muito que o Luís Castro vai ficar, é um cara que tem um caráter fora do normal. E teve tudo que ele passou aqui, nos momentos difíceis ele foi muito homem de aguentar as pancadas. Já teve um momento em que pensei que ele poderia não aguentar, e ele esteve lá, sempre sereno, pegando fogo lá fora, mas ele sempre passando confiança nos treinos. Eu acredito muito que ele vai ficar, você sente que ele está feliz com o grupo. É difícil, é uma proposta tentadora, hoje o futebol árabe está pegando os melhores jogadores do mundo, é difícil segurar, mas acredito que ele vai ficar – disse.

Apresentador do programa, Roger Flores perguntou se os jogadores já pensam o que pode acontecer caso Luís Castro saia, e Eduardo foi sincero.

Roger, não estamos nem pensando nisso (risos). De verdade. Entre a gente, os jogadores, nós acreditamos muito que ele vai ficar e dar continuidade no trabalho, porque é um trabalho muito bom, que já veio do ano passado. Não quero nem pensar nisso – afirmou Eduardo.

Uma das referências do elenco, Eduardo lembrou também da decisão da diretoria de manter Luís Castro após a péssima campanha no Campeonato Carioca, frisando que o respaldo foi fundamental para hoje o Botafogo estar colhendo os frutos.

– Ano passado, quando eu cheguei em julho, chegaram uns 12 jogadores. Para você montar time assim, um chegou de Portugal, outro da Arábia, outro dos Emirados, outro do Japão, conseguir fazer um time, um esquema em tão pouco tempo, é difícil. Quando ele teve esse período maior para trabalhar, e no Estadual as coisas não correram tão bem, foi fundamental ter segurado ele. Passamos muitas coisas no Estadual que as pessoas não sabem, não teve pré-temporada, foram muitos desfalques, não tínhamos casa, isso tudo prejudica muito. Manter o Luís Castro nesse momento difícil fez toda a diferença, porque os jogadores já estavam adaptados a ele, a qualquer momento iria dar certo. Dar os parabéns também à diretoria, ao treinador também, foi um cara fantástico, se fosse outro pegava as coisas e ia embora – recordou.

Veja outros pontos da entrevista:

TEM SUPERSTIÇÃO NO GRUPO?: “No clube não tem tanta superstição, o que tem acontecido mais é trabalho mesmo, com muita humildade e pés no chão. É um clube especial. Estamos muito felizes por esse momento, mas com muita humildade e pés no chão, porque ainda tem muito campeonato.”

VOLTA AO BRASIL: “Ajudou bastante o fato de eu já ter trabalhado com o Luís Castro no Porto. Depois de 13 anos fora, eu falei com a minha esposa que viria para o Brasil passar férias e não voltei mais (risos). Foi uma decisão muito difícil para mim, mas me mostraram o projeto do Botafogo, estar no Rio, voltando ao Brasil, isso tudo me influenciou muito. Trabalhar novamente com o mister foi o principal.”

LOBBY DO SOGRO BEBETO: “Ajudou bastante. Como a gente ficava sempre fora, se via muito pouco, às vezes uma vez por ano. Quando falei da proposta do Botafogo ele ficou maluco, coincidiu também com o fato da minha casa aqui no Rio estar ficando pronta, perto da casa dele. Ele sempre me deixou muito tranquilo para tomar as decisões, tenho ele como um pai. Ele deu uma forcinha para que eu ficasse por perto.”

COMO MANTER O RITMO NO BRASILEIRÃO: “Nosso grupo é um grupo leve, que quase todos falam que é o melhor elenco com quem trabalharam. É um grupo sem vaidade, que quem está jogando sabe que quem está fora quer jogar, e quem está fora está torcendo para quem está dentro. Está sendo muito gostoso, não tem aquela rivalidade, de falar “não dá para eu ficar no banco”, está sempre um torcendo pelo outro. Acho que esse ambiente é o segredo do Botafogo hoje.”

FORÇA DO ELENCO: “As pessoas falam que não temos elenco, mas estamos lá dentro e sabemos que temos dois times. Temos 24, 25 jogadores que você pode colocar que eles darão conta do recado. Acredito muito no grupo, nos jogadores que foram escolhidos para estarem no Botafogo. É um grupo muito bom, de trabalhadores, de pessoas que querem vencer, que estão ali para dar seu melhor e alegrias para o torcedor botafoguense.”

NÍVEL DO FUTEBOL BRASILEIRO: “É um nível muito bom. Estive em Portugal, França, Arábia, que também tem um nível muito alto, cada time pode ter oito estrangeiros lá. O nível que vejo no Brasil é muito forte, um futebol dinâmico, bem rápido. Estou feliz de ter voltado, voltei um pouquinho velho, mas estou muito contente, já queria voltar há algum tempo e poder jogar em alto nível no Campeonato Brasileiro é uma satisfação.”

GRAMADO SINTÉTICO: “Eu no início não gostei muito não, mas depois fui me adaptando. É totalmente diferente do gramado do Athletico-PR e do Palmeiras. No do Palmeiras você dá um toque, dá o segundo e na hora que você vê a bola já foi. No nosso gramado segura mais a bola, você consegue fazer um ritmo de jogo mais forte. A grande diferença é a qualidade do gramado, da bola vir redonda, coisa que a gente não tinha no ano passado, o campo era muito feio. Não tinha como ter um bom futebol num campo ruim. Hoje temos a nossa casa, ao lado da nossa torcida. Gostei muito desse sintético, todos que vêm jogar aqui também gostam.”

*Atualizado às 23h59

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

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