Ex-diretor de futebol do Botafogo, Eduardo Freeland conhece bem Matheus Nascimento. Afinal, começou a trabalhar com o centroavante quando ele tinha apenas 11 anos. Em entrevista ao canal “Resenha com TF” neste início de 2023, o dirigente comentou sobre o que se pode esperar da joia.
– É muito difícil falar. Ouvi uma frase que é muito difícil que um jogador vai ou não vai chegar, ainda mais em que nível. São muitas variáveis. Nível ele tem, tem poder de finalização incrível, difícil de encontrar. O que precisa é ter a capacidade de criar mais possibilidades para estar nessa situação de finalização, na qual é um dos melhores que trabalhei. Finaliza com as duas pernas, melhorou muito no cabeceio. Tem potencial enorme. Ainda acho, vou ser criticado, que os jogadores que saem jovens, dependendo de para onde, pelo estilo extraclube e extrafutebol, educacional e formação de ser humano, quando saem para um bom clube, boa cultura futebolística e de sociedade, tendem a ter processo de aprendizado melhor, mesmo que depois dos 18 anos – disse Eduardo Freeland, que citou um exemplo.
– Se me perguntarem agora sobre o Vinícius Júnior, se não tivesse ido para o Real Madrid seria o mesmo hoje, ouso dizer que não. Não tenho bola de cristal, poderia ser até melhor. Mas pelos indicadores que analiso, acho improvável. Hoje o Flamengo tem elenco de nível muito alto, não dá para comparar com o Real Madrid, mas a cultura do clube, o entorno, o cuidado de quem investiu 45 milhões de euros é outro. No Brasil ainda não temos essa cultura – acrescentou.
Uma das possibilidades discutidas antes da renovação de Matheus Nascimento era atuar períodos em outros clubes da rede global de John Textor, como o Crystal Palace e o Lyon. O tema, contudo, não foi mais abordado publicado. De qualquer forma, Eduardo Freeland acredita que o centroavante pode deslanchar esse ano.
– Sobre o Matheus Nascimento, acho que tem todas as capacidades técnicas e táticas para estourar, até achei que fosse em 2022. 2023 pode ser um grande ano para ele, mas vai depender de inúmeras variáveis. Uma delas é espaço. Precisa jogar, ter minuto. É difícil diagnosticar, tem muito potencial, precisa aprimorar coisas. Não pode perder esse timing, o mercado está vendo. Vai ter que ter a capacidade de ser titular e mostrar o potencial dele. Vamos ver se vai conseguir nesse curto espaço de tempo ser o que o torcedor do Botafogo e o mercado esperam – finalizou.
