Jogador do Botafogo na década de 90 e início dos anos 2000, Felipe Conceição conviveu bastante com Wagner, goleiro multicampeão pelo clube. Por este motivo, não tem dúvidas ao responder quem era melhor entre ele e Jefferson.
– Wagner, disparado. É o maior ídolo do Botafogo de todos os tempos, dos que vi. Da minha época até agora. Nunca vi gostar tanto do clube como ele. O torcedor tem que ouvir. O Wagner amava e ama o Botafogo. Esse brigava no vestiário quando perdíamos por desleixo, por falta de comprometimento, não deixava – destacou Felipe Conceição, ao canal “Resenha com TF”.
– O Wagner livrou o Botafogo do rebaixamento em 99, 2000 e 2001. E deu o título em 95. Por isso que falo que para mim é pouco valorizado, outro tempo, outra época, o processo de final de carreira não foi tão respeitoso com ele. Os torcedores jovens hoje não lembram tanto do Wagner, só quando veem o jogo de 95, mas o Wagner de 94, 95, quando virou titular e foi campeão brasileiro até sair do Botafogo era o principal jogador independentemente de quem estivesse ali – lembrou.
Conhecido como Tigrão na época de jogador e hoje treinador de futebol, Felipe contou mais detalhes de como era jogar com Wagner.
– Nesse período, estávamos ganhando o jogo de 1 a 0, 2 a 1, e os últimos 15 minutos eram do Wagner. Podia cruzar na área, chutar de fora, entrar cara a cara, que era absurdo. Ele mesmo falava dentro de campo “agora eu sou eu, a gente não leva gol mais”. E não levava mesmo. Muito bom goleiro, impressionante, em tudo. Saída de gol o Jefferson tinha essa dificuldade, Wagner não, nesses minutos finais então ia lá fora e não deixava cabecear. E segurava o ímpeto do adversário – finalizou.