Depois do grupo “Botafogo Sem Medo”, a “Frente Alvinegra” também divulgou nota mostrando-se a favor da venda da SAF do Botafogo para a Eagle Holdings, do norte-americano John Textor. O vice-presidente geral do clube, Vinicius Assumpção, faz parte dela.
Confira a nota oficial da Frente Alvinegra:
A Frente Alvinegra – grupo que tem em seus quadros dezenas de membros no Conselho Deliberativo (dentre estes o vice-presidente geral e financeiro do BFR, o 1o vice-presidente da Mesa do Conselho Deliberativo, o Presidente do Conselho Fiscal, além de membros no corpo do Conselho Fiscal e da Comissão Permanente) e mais de 100 sócios proprietários -, vem a público manifestar seu posicionamento favorável à autorização para que o Conselho Diretor do Botafogo concretize a transferência dos ativos do futebol para a Eagle Holding, nas condições expressas no documento encaminhado para apreciação dos conselheiros.
A profissionalização da gestão é uma posição histórica da Frente Alvinegra. Muitos de seus membros participaram ativamente da primeira tentativa de profissionalização do Clube, na gestão do ex- presidente Bebeto de Freitas (2003-2008), que à época criou a Cia Botafogo, hoje detentora da concessão do estádio Nilton Santos. A nosso ver, a ruptura com o amadorismo é um caminho sem volta, por meio do qual o Botafogo será reconduzido à estrada de glórias e conquistas.
Foi esta visão que mobilizou a Frente Alvinegra, que esteve na linha de frente do processo de sensibilização para que Durcesio Mello colocasse seu nome à disposição para disputar a eleição. Esta foi a visão que nos levou a construir – e temos orgulho de dizer que tivemos um papel importante nesse processo -, junto com outros setores, um amplo arco de alianças que permitiu que esse projeto fosse amplamente vitorioso na última eleição no Botafogo, em 2020.
A gestão eleita, liderada por Durcesio e Vinícius, encontrou um clube totalmente desestruturado e sem oxigênio para cumprir com as obrigações primordiais do cotidiano. Nos deparamos com uma dívida de aproximadamente R$ 1 bilhão, resultado de décadas de gestões desastrosas.
Recebemos o Clube com o futebol com o passaporte carimbado para a 2a divisão. E mais grave, assumimos o Botafogo com uma torcida descrente e maltratada por tantos anos de gestões incompetentes.
Mudar a cultura interna de décadas, na rapidez que o Clube necessitava para sobreviver, não foi e nem está sendo tarefa fácil. Evitando indicações políticas e pessoais, o BFR acertadamente contratou, através de uma empresa reconhecida no mercado, um CEO para tocar a gestão. Para além disso, o apoio e a autonomia conferida aos profissionais liderados por Jorge Braga foram fundamentais para trilharmos o caminho do sucesso.
Foi a partir do trabalho desta equipe profissional que o Botafogo começou a se reorganizar e a reestruturar a sua dívida. O trabalho, conduzido com competência pelo time profissional, permitiu ao Clube se organizar minimamente, tornando-se atraente para grandes investidores. Não bastasse isso, tivemos o fundamental retorno à Série A, com o trabalho coordenado pelo diretor de futebol, Eduardo Freeland.
Cabe registrar que a determinação da gestão e de todos que apoiaram e ajudaram a realizar as mudanças foi e continua a ser fundamental. Isso porque nos vemos diante de um momento decisivo para o nosso futuro. Cabe, agora, aos conselheiros aprovarem as condições gerais para o negócio, conforme proposta apresentada pela Diretoria. Cabe, também, aos sócios proprietários, em sua assembleia geral, autorizarem o Conselho Diretor a efetivar alienação de ações de titularidade do Botafogo em Sociedade Anônima de Futebol (SAF).
Portanto, conclamamos todos a abraçarem este projeto, votando SIM. Vamos aprovar a proposta do Conselho Diretor, certos de que este é o caminho para que o Botafogo não só sobreviva, mas, acima de tudo, retome um caminho de glória e volte a dar alegria à torcida alvinegra.
Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2022
FRENTE ALVINEGRA – EM DEFESA DO BOTAFOGO
