O ano de 2022 foi de Pedro Raul. No Goiás, o centroavante se destacou com gols e boas atuações, o que o fez despertar o interesse de vários clubes e ser contratado pelo Vasco. Ele retornará ao futebol carioca, afinal, jogou no Botafogo em 2020.
Em entrevista ao canal do Duda Garbi, no YouTube, Pedro Raul recordou como foi a passagem pelo Botafogo, após se destacar no Atlético-GO.
– Ou eu retornava para Portugal e cumpria mais seis meses, mas não era meu plano. Queria dar um salto no Brasil. Foi quando apareceu o Botafogo. Era mais um ano que precisava jogar e confirmar, achei que no Botafogo ia ter mais. Caímos porque no meio do ano aconteceu um monte de coisa que degringolou nosso time. O time era bom, tinha eu, Alex Santana, Matheus Babi, Marcelo Benevenuto, Caio Alexandre, Kanu, Bruno Nazário, Luís Henrique, o Paulo Autuori. Era um time competitivo. Aí o Paulo sai, foi o ano da pandemia, difícil para todos no futebol. Teve certas coisas que prefiro achar que era para ser. Tentar entender tem coisas que não tem como – frisou Pedro Raul.
– E o Campeonato Brasileiro não acabou em dezembro, só no final de fevereiro. Antes de acabar, faltando umas dez rodadas, eu tinha proposta do Japão, era muito boa para o clube também para dar uma ajuda, não era SAF. Aí acabou que foi bom para o clube financeiramente e para mim que tive contrato legal lá fora. Fui me aventurar lá – acrescentou.
O centroavante ainda lembrou como foi atuar com Honda e Kalou.
– Honda era bom de bola, mas estava em uma idade já mais avançada, o futebol brasileiro tem ritmo intenso. Ele nunca passou por quarta jogar na Ilha do Retiro e sábado em Porto Alegre. Para um japonês é difícil se adaptar, como foi para mim lá. Mas tecnicamente era bom. Às vezes tentava dar pitacos em treinos. E ainda tinha o Kalou no time, que era mais tranquilão. Começou a ter essas contratações, os caras às vezes jogavam, Série A é difícil, às vezes não estavam na melhor forma física e tinha a situação de se adaptar, que é difícil. Entendo porque passei na pele por isso – explicou.
– Não deu liga depois. Com o Paulo estávamos em décimo, depois deu uma degringolada, vendeu uns jogadores que não tinha reposição, não conseguiu mais achar forma de jogar, mudou muito de treinador, teve uma comissão técnica que ficou um mês, do Ramón Díaz. Depois mudou de novo. Seis treinadores em um ano é foda. Perdemos muitos jogadores, vendidos ou machucados, o elenco que era curto foi perdendo força – completou.