Garoto simples, Jeffinho começou o ano no Resende, como um jogador desconhecido. Quando começou a atuar no Botafogo, manteve os hábitos, mas um em específico gerou preocupação no técnico Luís Castro. Foi o que revelou Alexandre, um dos empresários do atacante alvinegros.
– Tivemos uma dimensão depois do jogo do Santos (na Vila Belmiro), em que eles chegaram 5h da manhã. O apartamento que arrumamos para ele era atrás do Engenhão, porque a logística era lá. Ele fez uma coisa normal, acabou o treino, mochilinha, foi andando para casa. Esse ato de ele andar para casa o Luís Castro falou “peraí, que que esse menino está andando aqui às 5h depois do que ele fez? O miúdo se alimenta, ele está muito franzino. Que que o miúdo está andando essa hora da madrugada sozinho, quem são os empresários, que que ele come?” Vimos o ar de preocupação que sempre tivemos. Ali falamos mudou, virou a chave. No dia seguinte, ele estava aqui (em outro apartamento) – disse Alexandre, no canal “Cartoloucos”.
Os empresários sempre estiveram perto e arrumando formas de motivar Jeffinho. Uma delas era bonificação por gol feito.
– Tinha bicho (no Resende). Você acha que ele corria por quê? – brincou Beto, também representante do jogador.
– A ideia era essa e funcionou. Só que começamos a ver que tinham que ter mais desafios, até para ver a sede de ambição dele. Fizemos a brincadeira e falei “é um carro” – contou Alexandre.
– Não ganhei ainda, porque estou tirando a carteira ainda (risos) – salientou Jeffinho.
– Falei “você vai fazer o gol e só vai ganhar a aposta se sair comemorando dirigindo”. Quando ele saiu dirigindo (após gol sobre o Athletico-PR) muita gente não entendeu, era uma brincadeira nossa interna – explicou Alexandre.
– Dirigiu, deu pirueta, fez Maria Eduarda, fez tudo – acrescentou Beto.
– Ia comemorar da Maria, mas como iria levar ela no shopping? Vou comemorar com carro também (risos) – completou Jeffinho.