Jornalista e fundador do site “Máquina do Esporte”, especializado em negócios, Erich Beting criticou a decisão do americano John Textor de cancelar contratos comerciais, de patrocínio e de fornecimento de material esportivo. O investidor ainda não assinou a compra de 90% da SAF alvinegra, mas já explicou o rompimento dos contratos em comunicado na madrugada da última segunda-feira.
“A primeira medida tomada pelo staff de John Textor na área comercial do Botafogo foi desastrosa. A medida chegou a ser celebrada por torcedores nas redes sociais, mas ela é completamente estapafúrdia do ponto de vista do negócio em si. Textor terá de investir um bom dinheiro no pagamento da indenização dos contratos vigentes. Essa verba poderia ser alocada diretamente no time de futebol botafoguense, que é o grande objetivo dos torcedores“, escreveu Beting.
Em sua decisão, John Textor não deixou claro quais marcas teriam seus contratos rompidos. Segundo o jornalista Rodrigo Capelo, apenas o contrato com a Magnum, empresa de relógios, será mantido. O “GE” informou, também nesta segunda, que os atuais patrocinadores ainda podem continuar no uniforme do Botafogo, desde que aceitem as novas condições.
“Ao romper os acordos com os parceiros, o americano também ignora que o Botafogo tem, entre seus patrocinadores, grandes empresas multinacionais, como a farmacêutica GSK (dona da marca Centrum) e a cervejaria Ab-Inbev (dona da Brahma). Para quem fala tanto em internacionalização do Glorioso, o mínimo que poderia ser feito era abrir uma conversa com essas empresas para elas ajudarem no projeto global do americano“, criticou Beting.
“Uma coisa é certa. Já deveria haver uma placa em General Severiano anunciando que o Botafogo já está “sob nova direção”. A drástica decisão tomada com os patrocinadores do clube, porém, indica que o novo dono pode não ser o príncipe encantado que muitos estavam imaginando…“, finalizou o jornalista, no blog da “Máquina do Esporte” no “ESPN.com.br”.