Editor de esportes do jornal “O Globo”, Thales Machado fez uma explicação bem didática nesta quarta-feira (15/1), no programa “Redação SporTV”, sobre o funcionamento da SAF do Botafogo em meio a notícias de eventuais saídas de Gregore e Júnior Santos.
Segundo ele, o Glorioso não pretende se opor aos desejos dos jogadores caso queiram sair e confia no potencial do setor de scouting de repor eventuais baixas no elenco e ainda melhorar a competitividade interna, após um 2024 histórico.
– O que a gente tem de informação de bastidores do que o Textor quer? O Textor segue falando que o objetivo da temporada é melhorar consideravelmente o elenco do Botafogo. Como? Com jogadores mais jovens, mais rápidos, com maior poder de venda inclusive. Pelo menos pelas palavras do Textor, vai chegar ali em abril, maio, quando o elenco encorpar, ele acredita que o elenco do Botafogo vai estar mais forte do que no ano passado – iniciou Thales.
– Essas vendas de jogadores, ao mesmo tempo, vão pelo lado que é uma filosofia da Eagle, de fazer a vontade dos jogadores. Então é hora, de certa maneira, de realizar o lucro desse ano de títulos de 2024 para a Eagle em si e para os próprios jogadores. Júnior Santos recebeu uma proposta do Atlético-MG em que o salário dele seria muito maior do que o que ele recebe no Botafogo, é um jogador de 30 anos. O Gregore é também um jogador perto dos 30 e o salário que o Al-Rayyan oferece é muito maior. Esses jogadores muitas vezes querem ir. O Botafogo, como um clube da Eagle, se mostra aberto ao mercado em receber essas propostas e aberto também em envolver as vontades dos jogadores, porque acredita que o trabalho de scout é capaz de fazer uma substituição e de ainda melhorar esses jogadores – completou.
Thales Machado acrescentou que nem mesmo a indefinição sobre quem será o treinador atrapalha a busca do Botafogo por reforços.
– A falta de um técnico é de fato relevante. Mas, também, aí há uma diferença no tipo de trabalho que o Botafogo faz. Porque quem manda em que tipo de jogador vai chegar hoje no Botafogo, já desde a saída do Luís Castro, é muito mais esse scout, que tem a ver com o campo, mas também tem a ver com o negócio, do que eventualmente um treinador que vai chegar e montar o elenco – frisou.
Até o momento, o Botafogo teve 13 saídas (Gatito Fernández, Lucas Barreto, Rafael, Adryelson, Pablo, Marçal, Hugo, Tchê Tchê, Eduardo, Thiago Almada, Luiz Henrique e Tiquinho Soares) e duas contratações certas, mas ainda não oficializadas (Léo Linck e Jair). O clube segue no mercado e tem propostas na mesa por David Ricardo, Bitello, Marlon Gomes, Alisson e Cucho Hernández, além de outros nomes mantidos sob sigilo.