Luís Castro abre o coração sobre primeiros meses de Brasil e confia no sucesso: ‘A curto e médio prazos o Botafogo estará num nível muito alto’

Luís Castro abre o coração sobre primeiros meses de Brasil e confia no sucesso: ‘A curto e médio prazos o Botafogo estará num nível muito alto’
Vitor Silva/Botafogo

Luís Castro abriu o coração numa longa entrevista ao jornal “O Globo” publicada neste sábado (30), dia em que o Botafogo visita o Corinthians na abertura do returno do Campeonato Brasileiro. O técnico português admitiu incômodo com algumas críticas e pressões exageradas, mas mostrou muita confiança de que seu trabalho será exitoso no Glorioso.

Castro passou por uma fase difícil. Antes de vencer o Athletico-PR na rodada passada, o Botafogo acumulou dez derrotas em 13 jogos – incluindo uma eliminação pesada para o América-MG na Copa do Brasil. Mas, após quatro meses, as coisas parecem começar a se ajeitar e o treinador alvinegro disse estar empenhado em fazer o Glorioso evoluir.

– O Botafogo é um clube histórico, o mais tradicional, com grandes glórias, tem um passado riquíssimo. E o que nos interessa agora é o presente, porque o futuro vai depender disso. Hoje, não estamos bem, mas estamos trabalhando muito para estarmos bem. Estamos com muitos problemas, mas a curto e médio prazo, o Botafogo estará em um nível muito alto nas estruturas físicas e de desempenho no futebol, o que vai deixar a torcida muito alegre. Não tenho dúvida disso porque sinto a estrutura empenhada em resolver os problemas. O CT é um problema, a base que não é junta e organizada também, a comunicação interna será sempre um problema, a organização também. Mas estamos todos fazendo um esforço para sermos fortes – disse Luís Castro.

– Sinto me feliz no Brasil, no Rio, no clube. E ao contrário do que pensam, sinto muito mais apoio do que vocês imaginam, mesmo nas redes sociais. Fico espantado e surpreendido mesmo nas piores horas. Sinto que há muita gente que quer muito bem o Botafogo e a querer que o clube cresça, se eleve e entendem o momento. Há outros que não entendem o momento, mas que também querem ver o Botafogo crescer. Uns entendem mais, outros menos, mas me sinto feliz. Vivo de convicções, acho que vai dar tudo certo. Se não der, já sabem o que acontece – completou.

O técnico reafirmou que nunca teve desejo de sair do Botafogo e que vai cumprir seu contrato com o clube até o final.

– Não, de verdade, nunca pensei em sair. Já houve convites financeiramente mais vantajosos do que o que tenho aqui, eu nem quis ouvir nada. Nunca dei atenção a uma possível saída porque eu acho que o entusiasmo que as pessoas que me contrataram puseram é uma responsabilidade para mim. Eu nunca quis desiludir ninguém, muito menos quem aposta na gente. É um compromisso que eu tenho com o Botafogo, comigo mesmo, equipe e jogadores. No dia que eu entender que minha permanência é mais nefasta que algo que possa engradecer o clube eu partirei e direi os motivos. Até eu entender isso, vou ter que esperar que me mandem embora, porque, por mim, não sairei. Escolhi o Botafogo porque havia aqui um trabalho diferente dos outros em função do que o John Textor me disse. Encontrei algo diferente do que tinham me descrito, mas isso não me abalou minimamente. Minha linha de vida tem sido essa: não me abalar nas dificuldades. E ser resiliente. E vou ser: não vou sair e vou ficar aqui até o último segundo do meu contrato. Posso falar de forma tão afirmativa? Não, mas não por mim. E sim por aquilo que é o futebol e por aquilo que são as pessoas que muitas vezes pensam diferente de mim. Há uma ou outra circunstância que se acontecer, terei de sair. Mas não vou dizer o que é, se não vão fazer e terei que sair mesmo (risos). Mas não queria – afirmou.

Fonte: Redação FogãoNET e O Globo

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