O técnico Luís Castro voltou a falar sobre o interesse de clubes do exterior, desta vez de forma mais prolongada, em entrevista à Rádio Globo veiculada na noite desta terça-feira (20/6). O treinador do Botafogo enxergou as sondagens como coisas naturais do futebol e se disse despreocupado com a situação, sem cravar se fica ou sai do clube. Al-Nassr, que acena com uma proposta oficial, e Al-Hilal são potenciais interessados.
– É natural que todos aqueles que desenvolvam seu trabalho bem sejam solicitados no mercado de trabalho. Não está ligado só aos resultados, mas também aquele que é o trabalho, está ligado ao trabalho que é desenvolvido no dia a dia nos treinos de forma rigorosa, determinada, disciplinada, comissão passando valores, querendo que nossas equipes ganhem sempre. Talvez, por isso, pelo meu trajeto, haja aqui e ali interesse no meu trabalho. Sobre a questão em concreto do que se fala, não quero falar sobre o tema, até porque temos jogo depois de amanhã, depois temos jogo contra o Palmeiras. Uma coisa eu sei é que meu agente foi sempre a pessoa que tratou do meu futuro enquanto treinador e eu nem me preocupo com o tema. Não me preocupo nem um pouco com o tema, trabalho dia a dia com a cabeça limpa e é isso que eu vou continuar a fazer – disse Castro.
O treinador português recordou que já rompeu contratos no meio, mas sempre com os clubes entrando em acordo. O atual vínculo dele com o Botafogo vai até março de 2024, com multa rescisória estipulada na casa dos R$ 10 milhões.
– Nem sempre encerrei meus contratos, a verdade tem que ser dita. Eu quando estava no Chaves, tinha dois anos de contrato e o interrompi ao meio porque o Vitória de Guimarães pagou a cláusula de rescisão, mas saí bem do Chaves. Foi uma negociação entre clubes e o presidente do Chaves entendeu que eu deveria seguir meu caminho para um clube de projeção. Cheguei no Vitória de Guimarães, atingimos o objetivo, nos classificamos para a Liga Europa e entre o segundo e o terceiro ano o Shakhtar solicitou meu trabalho e o Vitória entendeu que por tudo eu tinha feito eu deveria ir para um clube de Champions League, e eu saí. Foi um entendimento entre clubes e eu saí. Depois no Shakhtar cumpri os dois anos de contrato e aí apareceu o Al-Duhail e queria experimentar o Oriente Médio, e fui para o Al-Duhail. Aí no meio do contrato o Botafogo interessou-se para o meu trabalho e chegou a um acordo com o Al-Duhail e eu não fiquei até a Champions asiática. Meu presidente naquela altura me disse que não queria deixar eu sair até o fim da Copa do Emir, que se ganhássemos a Copa do Emir poderia chegar a um acordo com o Botafogo. O Botafogo negociou a saída e eu acabei por saí. Nunca saí em ruptura com os clubes, saí sempre com acordo entre os clubes, mas saí três vezes no meio do contrato – afirmou Luís Castro.