Um Botafogo que reagiu na Série B, saiu da beira da zona do rebaixamento para acesso e título antecipados. A chegada de Enderson Moreira trouxe nova cara ao time e foi destaca pelo comentarista Carlos Eduardo Mansur, no programa “Troca de Passes”, do “SporTV”, após a vitória por 1 a 0 sobre o Brasil-RS.
– Se você pensar no Botafogo até a 12ª rodada, antes da troca de treinador, era difícil contar em força para o acesso. Se contasse que ia ser campeão com uma rodada de antecipação, talvez poucos acreditassem. Esse jogo termina por ser o desfecho de uma… não dá para usar o termo arrancada porque o Botafogo se estabilizou com o Enderson. São 25 jogos, ganhou 17 com ele. Não é sempre um time vistoso, brilhante, não é essa a característica do campeonato como um todo. É um time que, a partir da chegada do Enderson, passa a competir com consistência – destacou Mansur.
Apresentador do programa, Raphael Rezende comentou sobre as perspectivas do Botafogo na Série A de 2022.
– É difícil projetar isso, porque há um salto de exigência da Série B para a A, e tem a questão financeira, ainda vai entrar muito perto da realidade atual. É um desafio gigantesco. Passa por aí a ideia de manutenção da base, mas claro que não é suficiente. Difícil se afirmar se não tiver aumento de qualidade considerável – disse Raphael Rezende.
– Tem um aumento de cotas comerciais e de TV na Série A, mas em um clube extremamente fragilizado. Na montagem do elenco desse ano, o Botafogo sabia que precisava renovar mais de 60% do grupo anterior. Faz uma primeira busca no mercado, em uma prateleira com limitação econômica, faz a segunda incursão no mercado, com jogadores do Mirassol, e vai em montagem que caminha junto com o campeonato. Encerra a competição com seis titulares em fim de contrato. Vai para nova rodada de negociações, jogadores têm valorização, é processo longo de reconstrução – frisou Mansur, que completou.
– Agora segue uma outra etapa, que é o prosseguimento da reconstrução do clube. O Botafogo não volta à Série A para disputar a Libertadores ou o título. Pode acontecer se projeto esportivo encaixar perfeitamente? Pode, mas não é o natural. O natural é buscar uma estabilização na elite – concluiu.
