Apesar da sequência de derrotas, o Botafogo tem construído mais nos últimos jogos. No programa “Redação SporTV”, o comentarista Carlos Eduardo Mansur levantou que foram 63 finalizações em três partidas, mesmo sem nenhum gol marcado.
– É um número positivo para um time que tinha dificuldade em criar oportunidades. Aqui temos dificuldade de enxergar coisas boas no time derrotado, quando muitas vezes é possível. Faz parte do jogo. O adversário foi melhor que você, não necessariamente você foi muito mal. A temporada está muito fora do que deveria ser? – ponderou o comentarista Carlos Eduardo Éboli.
Mansur analisou o Botafogo mais a fundo e apontou uma nova mudança de Luís Castro na forma de jogar.
– O Botafogo gastou muito mais do que nos últimos anos porque tem investidor, mas é um contexto difícil. Ainda não foi ao mercado buscar jogadores da mais alta prateleira, agora vem a segunda onda de contratações. Ainda é um time muito fragilizado por lesões. Em meio a esse contexto, Luís Castro vem tentando se reaproximar da ideia original, linha de quatro, 4-3-3, jogo propositivo, que é a ideia do dono do clube. Em meio a sucessão de lesões, tentando dar estabilidade mínima de resultados, deu passo atrás com linha de cinco e conseguiu resultados que deram oxigênio, agora está voltando ao modelo original – avaliou Mansur, que prosseguiu.
– Não dá para dizer que está tudo bem, era de se esperar Série A difícil, mas ontem não foi mal. Algumas alterações renderam, como Jeffinho, que merece mais minutos. A ideia de Matheus Nascimento titular foi de um centroavante que participe da construção, como um quarto homem e acione os outros dois atacantes. Marçal teve bons momentos, acabou condicionado pelo cartão que recebeu. Houve boas sinalizações. É evidente que não seria um voo de cruzeiro para o Botafogo, mas o fato é que não fez jogo pior que o Santos. O que não pode é permitir que os gols do adversário saiam com tanta facilidade – completou.