Mazzuco detalha processo de contratações e revela lema que John Textor prega no Botafogo: ‘Acho sensacional’

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Por FogãoNET

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André Mazzuco, diretor executivo de futebol do Botafogo
YouTube/De Olho no Jogo

O Botafogo tem sido bastante elogiado por seu modelo de contratações, com um departamento de scout capaz de encontrar boas soluções para o elenco não tão badaladas. Mas como foi essa montagem pelo departamento de futebol? Em entrevista ao podcast “De Olho no Jogo”, o diretor executivo de futebol André Mazzuco explicou o tema.

– É um ponto importante. Na minha vinda para o Botafogo, uma coisa que montamos junto com o John (Textor) foi um departamento de mercado eficiente. O Ale (Alessandro Brito), até pela relação e amizade que tenho, é meu grande parceiro. É o cara que comanda todo o departamento, que é muito qualificado, com grandes profissionais do mercado, como Everson (Rocha), William (Santos), Cristian (Costa), Rapha (Raphael Rezende) já estava. É um departamento muito eficiente e muito capacitado. Ale coordena todas essas ações. Avaliamos muito o mercado primeiro, entendemos o perfil que o Botafogo precisa dentro do que queremos, o grupo é escolhido a dedo e deu liga. Fazemos avaliação minuciosa, temos todas as ferramentas à disposição, os softwares para fazer uma busca muito sensível. Com isso, colocamos o nosso pessoal, que tem um grau de avaliação de muita confiança. A partir do momento que detectamos, eu e Ale começamos a trabalhar o plano negocial, entender a possibilidade de trazer, e a decisão final é do John. Nesse meio, claro, passamos para o treinador dar o aval, depois de estarmos seguros na opção. Tendo o sinal verde de todos, a decisão é do John – iniciou.

– Isso é um trabalho diário, vemos muitos jogadores todos os dias, até porque tem vários que queremos mas não temos condição de trazer, por diferentes motivos. Fomos muito assertivos nos casos, conseguimos chegar antes em algumas situações, fizemos boas negociações, até no caso do Lucas Perri e Adryelson que vieram livres. Estamos atuando todo dia, é algo não para, não é só em época de janela. Esse departamento está ativo diariamente e consegue coordenar bem as ações – detalhou Mazzuco.

A área de scouting do Botafogo abastece até mesmo os outros clubes da Eagle Football. Foi o que contou o dirigente, quando perguntado se há uma obrigatoriedade de mesmo estilo de jogos nesses times.

– Hoje não existe essa obrigação de os clubes serem similares, até porque estão em contextos diferentes. De modelo de jogo, não. O que temos aproximado cada vez mais é a gestão dos clubes, que possamos contribuir uns com os outros. Dentro da rede, como montamos departamento de mercado e scout no Brasil, esse departamento nosso está sendo responsável pelo scout na América Latina toda para os outros clubes. As informações para Crystal Palace, Lyon e RWD Molenbeek vêm do nosso departamento para jogadores da nossa região. Com atletas europeus é o contrário, trocamos ideia, avaliamos, conseguimos informações melhores com ele. Essa troca é muito bacana, constante, semanal. Temos feito para aproximar. A ideia do John é ter o melhor de cada clube para se juntar, não necessariamente ideal de jogo, mas modelo de gestão, governança, ações, isso está acontecendo muito bem e é um ganho para todos – destacou.

Mazzuco ainda comentou sobre sobre a integração dos clubes, que possibilita negociações entre eles.

– Não tem polêmica. Quando aconteceu a venda do Jeffinho, que foi um atleta que se destacou muito, teve essa polêmica de “satélite para Lyon ou Crystal Palace”. Nós, até como segurança, temos relação negocial. O Botafogo não vai fornecer jogadores apenas porque é da Holding. Mas, se fizer sentido o negócio, for bom para o Botafogo e para o outro clube, claro que vamos favorecer os clubes da Holding. Jeffinho tinha proposta de outros clubes, fizemos negócio com o Lyon e foi bom para todo mundo. Temos outros jogadores monitorados por clubes europeus, se fizer sentido para Lyon e Crystal Palace, o modelo de negócio atender também o Botafogo, vai ser feito. Tiramos proveito de fazer com que olhem primeiro, não tem obrigação. Um exemplo recente é o Matheus Nascimento. Dentro do plano na renovação contratual, estava conhecer as estruturas de Lyon e Crystal Palace, o Campeonato Francês, a Premier League, a Europa. É um menino monitorado por vários clubes. Já tivemos ofertas para ele, vai acontecer em algum momento – ponderou.

– Qual lema o John prega e acho sensacional? O Botafogo tem que ser um clube que faça muito bem aos atletas, que eles entendam que vai ser bom jogar e o clube vai cuidar deles, dar um passo de carreira. Isso se torna atrativo. O jogador vem cá, encontra boa estrutura, boa equipe de trabalho, bons objetivos na temporada e, a partir do Botafogo, pode dar mais um passo importante na carreira dele. Temos trabalhado muito nesse sentido – finalizou.

Fonte: Redação FogãoNET e De Olho no Jogo

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