Presidente do Flamengo até o fim de 2024, Rodolfo Landim voltou a falar sobre fair play financeiro, tema levantado pelo clube deste que sofreu goleada de 4 a 1 para o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro. Ele garantiu que suas falas não foram sobre John Textor, acionista da SAF alvinegra, mas deu exemplos que se encaixam exatamente ao Glorioso.
– A gente (Comissão Nacional de Clubes) não se aprofundou nisso. Não me interprete mal. Sou favorável a investimento no futebol. Por um lado, as SAFs investirem no futebol é bom. Porque melhora a qualidade do produto. Agora, como funciona isso? Uma vez, eu respondi num grupo de WhatsApp (disse que vivemos “tempos de SAF sem fair play financeiro”), John Textor (dono do Botafogo) respondeu já preocupado. Falei: “Cara, não estava falando para você”. Minha preocupação é porque agora tem grupos transnacionais. Você está saindo de um negócio que não é mais só o teu país. E as regras têm que valer para o todo. Aqui não tem fair play financeiro. Na França, você tem. E aí uma forma de aumentar a competitividade desse clube daqui é montando uma barriga de aluguel. Eu não estou dizendo que isso está acontecendo. Estou dizendo que pode acontecer – ponderou Rodolfo Landim, a “O Globo”.
O dirigente ainda criticou clubes que investem mais do que receberam no ano anterior e, coincidentemente, usou números que a imprensa costuma utilizar para falar do Botafogo.
– Volto a dizer que investimento no futebol brasileiro é bom. Mas abre janela para se fazer movimentações esdrúxulas e, às vezes, gerar distorções que são grandes demais. Pode deixar, de repente, (o clube) endividar um pouco e tal. Mas um time que teve R$ 330 milhões de receita no ano passado investir R$ 550 milhões neste é maluquice. No Flamengo, faturo R$ 1,37 bilhão e invisto, sei lá, R$ 300 milhões, que é o que consegui gerar de diferença – argumentou.