O comentarista Paulo Vinícius Coelho revelou ter conversado com John Textor, dono da SAF do Botafogo, na última quarta-feira (4/4) sobre as denúncias de manipulação de resultados no futebol brasileiro. O jornalista sugeriu que o empresário norte-americano levasse as evidências que diz ter ao MP-GO, que desde 2022 começou a investigar a chamada Máfia das Apostas por meio da Operação Penalidade Máxima.
– O Textor tem que ser ouvido, é evidente. O problema não é ele estar falando mentiras ou atacando Palmeiras e São Paulo. Todos os casos de manipulação de resultados foram investigados e uma grande arma para investigação é o sigilo. O que não dá para entender é o Textor gritar sem apresentar. Esse é o X da questão – iniciou PVC, durante o programa “De Primeira“, do “UOL Esporte“.
– Ontem conversei com o Textor e disse a ele o que penso: “Por que você não levou para o Ministério Público de Goiás, por exemplo, que tem um processo de investigação avançada? O MP-GO vai recolher as evidências e vai anexar a uma investigação que já existe”. Quando ele grita publicamente, ele desacredita os resultados esportivos antes de qualquer investigação. Esse é o problema – continuou.
– Ele respondeu falando que eu tinha razão e que iria conversar com os advogados dele para que pensassem nessa estratégia. E no fim das contas ele está entregando para a Polícia Federal (Nota da Redação: na verdade, Textor foi à Polícia Civil), em função do pedido dos senadores, a princípio. Se o MP-GO já tem uma investigação, é muito melhor prosseguir por lá porque eles podem fazer os links. O sigilo é sempre a grande arma para uma investigação dessa importância. Por que fala alto dessa maneira? Agora, matar o mensageiro não tem que matar não – prosseguiu PVC.
– Ele não está atacando Palmeiras e São Paulo, está atacando o futebol brasileiro. E o futebol brasileiro precisa se defender da manipulação de resultados, que existe, como o MP-GO comprovou, mas não existe na maneira como ele está dizendo, ou não se provou pelo menos por enquanto como está dizendo. Ele coloca uma série de informações que confundam mais do que esclarecem – encerrou o jornalista.