A série “A Virada”, que estreou na última semana contando os bastidores da campanha do acesso do Cruzeiro na Série B-2022, repassou também rapidamente a transformação do Botafogo em SAF, iniciada no Natal de 2021 e finalizada poucos meses depois.
Num trecho do documentário, exibido pelo Globoplay e pelo SporTV, Thairo Arruda, diretor geral da SAF do Botafogo, recordou o estado que o clube se encontrava e reforçou que não havia alternativas.
– O Botafogo, em particular, era um clube que estava muito ruim financeiramente, com poucas perspectivas de melhora. A receita comparada com as despesas e a própria dívida estava estrangulando o clube. Não tinha outra alternativa naquele momento a não ser a aprovação. Foi quase unanimidade de votos (no Conselho), naquela época não tinha outra condição para o clube do que aprovar – conta Thairo.
– John Textor apareceu dentro desse trabalho que a gente faz de busca de investidores como um profissional que gostaria de trazer um grande clube brasileiro para o seu projeto, que já tinha clubes de fora, como o Crystal Palace – recordou Pedro Mesquita, da XP, empresa que também ajudou o Cruzeiro no processo da SAF.
Rodrigo Capelo, jornalista especializado em negócios do esporte, também foi um dos entrevistados no documentário e citou uma peculiaridade em relação ao investidor da SAF do Botafogo.
– Jonh Textor foi uma surpresa em relação ao perfil do dono. O que eu esperava é que fosse ser um dono americano daquele estilo mais distante, frio, que não se envolve diretamente com o corpo profissional pra tomar as decisões, e vimos algo totalmente diferente – afirmou Capelo.
Pouco mais de um ano após se transformar em SAF, o Botafogo conseguiu fortalecer o elenco, melhorar significamente a estrutura, evitou atrasos salariais e terminou o Campeonato Brasileiro do ano passado brigando por vaga na Libertadores.