Ator e botafoguense, Stepan Nercessian contou como nasceu seu amor pelo Botafogo e relembrou histórias ligadas ao clube, no canal “Samba que é Gol”, do cantor Leo Russo. Apesar de morar em Goiás, ele se tornou alvinegro por um motivo curioso.
– Pelo Botafogo comecei a torcer cedo. Gostava muito de ver o pessoal jogar futebol, o time perto da minha casa, ajudava, conhecia os jogadores. Sobre o Botafogo mesmo, minha lembrança foi por causa da Seleção Brasileira, do álbum de figurinhas. Colecionava em 1958 e 1962, já tinha. Quando saíram álbuns dos times do Rio de Janeiro e de São Paulo, eu confundia, falava esse aqui é a Seleção Brasileira, quase todo mundo que eu tinha na página da Seleção estava no Botafogo. Tinha aquela estrela, foi uma paixão. Eu morava em Goiás, mas era botafoguenses. Ficou essa mistura na minha cabeça. Hoje a Seleção é meu segundo time, o primeiro continua sendo o Botafogo – afirmou Stepan.
– Sou apaixonado, porque paixão é quando não consegue esquecer ou gostar de outra. Não consigo fazer nada direito quando o Botafogo está jogando, se estiver filmando ou alguma coisa. O botafoguense é doente, de maluco, é o único que faz dois gols e reclama que fez cedo demais. Tem time perdendo de três e a torcida cantando, o botafoguense acha que está cedo e é perigoso – brincou.
O ator contou histórias curiosas, como ter dado cordão de ouro a Emil Pinheiro antes do título de 1989 (e ter que pedir de volta por causa da mulher), ter se recusado a ir um aniversário de João Nogueira por ser em uma sede do Flamengo e e ter vestido camisa rubro-negra em uma peça de Ziraldo, mas substituído por uma do Botafogo ao fim do espetáculo.
Stepan foi perguntado sobre o melhor jogador que viu no Botafogo e deu uma resposta diferente dos padrões.
– Josimar. Eu vi ele com a camisa da Seleção, adorava ele. O Botafogo, nos piores momentos, sempre teve um jogador diferente. Como Mendonça, que sozinho segurava um time no meio-de-campo. Teve o Rocha. Falam do Botafogo, fico meio puto porque falam do auge e de agora. Mas amargamos 21 anos sem títulos e a torcida continuava fiel. Chegou uma época que o Léo Batista perguntou se virei corretor. Porque eu vendia título (de sócio) do Botafogo, com medo de o time acabar. Vendi para muita gente. Dava camisa do Botafogo para crianças. Encomendava camisa de criança, comprava 30, 50 camisas, toma, veste aí. Era medo. A paixão – completou.