Técnico do Botafogo, Luís Castro fica indignado com polícia em campo: ‘CBF não devia permitir. Como treinador é empurrado? Eu ia roubar o árbitro?’

Luís Castro e polícia em Botafogo x Flamengo
Reprodução/Cazé TV

Luís Castro ficou indignado com uma cena patética que ocorreu em Botafogo x Flamengo, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Após um torcedor invadir em campo sem qualquer ação da segurança, policiais entraram e paralisaram o jogo válido pela nona rodada do Carioca-2023. Até mesmo empurraram o treinador.

A equipe de arbitragem foi muito agressiva, não conseguiu acalmar ninguém. O que vou falar merece uma reflexão de todos. Vê-se a polícia em campo em outros continentes? Jogo visto na Europa, que imagem fica com a polícia de choque em campo? Como eu, um elemento do jogo, não vim para mudar, só desenvolver meu trabalho, vou embora no dia que tiver que ir, como um treinador é empurrado pela polícia para não falar com o árbitro? Eu vou roubar o árbitro? Vou agredir o árbitro? Mesmo que fosse, há a lei desportiva para punir. É uma imagem horrível, não devia acontecer nunca. Repudio completamente, é um espaço esportivo, não é espaço para polícia. É uma vergonha o que aconteceu. Assumo por completo o que estou a dizer. A CBF não devia permitir polícia em campo, passa uma imagem que somos selvagens em campo – detonou.

Perdemos a cabeça às vezes, os meus jogadores perderam, foram expulsos. O árbitro não tem que correr de uma equipe e não correr de outra. Se um jogador do Flamengo o chamou de fdp, tem que ser expulso. E os meus também. Tem que haver honestidade intelectual dentro de campo. E a polícia não tem que evitar nada. Coloca polícia em volta do árbitro então, ninguém leva vermelho. Eu sou o culpado da derrota e da parte emocional, mas todos os agentes do jogo têm que assumir suas responsabilidades. É para o futebol brasileiro – reclamou.

Luís Castro também cobrou melhora do gramado.

E o estado do gramado também tenho que falar. É pró-futebol, tem que ser cuidado. Estou demais no futebol brasileiro? Manda-me embora, o que tenho que dizer digo. Com o máximo respeito que tenho. Sou avaliado pelo que faço, os outros também têm que ser. Meus jogadores foram punidos, mas os outros também têm que ser. Somos todos iguais, luto todo dia por igualdade – completou.

Fonte: Redação FogãoNET

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