Auxiliar técnico de Luís Castro no Botafogo, Vítor Severino confia no projeto alvinegro. O profissional deu entrevista ao canal “Botafogo Nela”, falou sobre sua ligação com o treinador, sua identificação com a torcida e seus planos no clube.
Vítor Severino está otimista que o Botafogo está no caminho certo.
– A mensagem é a mesma do início, obrigado à torcida pelo carinho, agradecemos de coração. Entendemos que torcida é apaixonada, cobra muito, mas não existe clube grande que não tenha cobrança. É uma questão de confronto expectativa, realidade e contexto atual. Temos muito orgulho de fazer parte destes primeiros passos. O Botafogo vai ter muito sucesso, porque está em boas mãos. O projeto do John Textor vai unir expectativa, realidade e a grandeza do Botafogo. Coisas muito boas estão a caminho. Nossos planos são fazer parte destes primeiros passos, temos contrato por mais uma época, estamos muito felizes. Nossos planos são continuar fazendo parte desse crescimento e ajudar o Botafogo a ter esse sucesso – declarou Vítor Severino.
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Interação com a torcida
– Surgiu um pouco por coincidência, estávamos em outro clube, em determinada altura começamos a ter conversas com o Botafogo e fechamos. Sabíamos que viríamos, mas faltava formalizar, não podíamos falar. Aí que comecei a interagir, sentir aquele calor, amor, paixão da torcida pelo clube. Tínhamos ganho a copa do Qatar, comecei a brincar sobre o assunto, se tornou uma interação saudável e alegre.
– Percebi que não podia comparar torcidas, nunca tinha trabalhado no Brasil, e que era difícil ter uma torcida mais apaixonada do que a do Botafogo. Sou um auxiliar técnico, não jogador ou treinador, não fico nos holofotes, mas os torcedores sempre foram muito efusivos e alegres, mesmo nos momentos piores. Realmente é uma torcida diferenciada, apaixonada e muito emotiva, nos momentos bons e ruins. Mais até do que eu pensava.
Ligação com Luís Castro
– Meu primeiro clube foi a Acadêmica de Coimbra, clube histórico, um dos mais antigos de Portugal, trabalhei lá por dez anos, sempre subindo escadas nas categorias, depois coordenando a base e era treinador da equipe B. A Uefa convidou algumas confederações, a portuguesa chamou Luís Castro, que era coordenador da base do Porto, e eu. Passamos alguns dias juntos, em um cenário de congressos, o contato ficou, trocamos ideias. Mas ele estava no Porto, eu na Acadêmica. Depois existiu um momento que ele assume a equipe principal de forma interina e deixa vaga a equipe B. Um treinador assumiu, eles precisavam de um auxiliar. Fui eu, fui atrás do meu sonho. Não fui trabalhar diretamente com ele, fiquei por três anos, ele saiu para o Rio Ave, precisava de um auxiliar técnico, me fez um convite. Desde então já se passaram sete anos. É uma amizade forte, uma relação profissional.
Botafogo Way
– É uma ideia que parte claramente do John Textor, é ela que promove o grande interesse que existiu na contratação do Luís Castro. Também nos fez nos interessarmos pelo projeto, construir identidade, algo a longo prazo. Sabíamos do desafio, não fomos pegos de surpresa, que íamos passar pelos momentos que passamos. Foi um desafio muito positivo, porque já tínhamos trabalhado em projetos comuns. Começamos a dar os primeiros passos, foram contratadas novas pessoas para a estrutura, não é um projeto a curto prazo, vai levar seu tempo.
Escolhido pelo Botafogo
– Tenho tanto carinho que não tenho como me sentir de outra forma. Se sentir escolhido é muito interessante, porque quando se entra é difícil sair. Sou um privilegiado porque recebo esse carinho. Mesmo em momentos de dificuldade, as abordagens foram de grande carinho e respeito. Quando um botafoguense encontra o outro, existe uma ligação imediata, as pessoas sentem que são parte de algo especial. Eu, não tendo sido um torcedor educado dessa forma, óbvio que meu clube no Brasil é o Botafogo. Por tudo que passamos e pelo carinho que tenho recebido.
