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Análise: Botafogo entra em campo, mas não joga. Apático, time perde para o Vasco e vê liderança em risco

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Blog da Redação

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Análise: Botafogo entra em campo, mas não joga. Apático, time perde para o Vasco e vê liderança em risco
Vitor Silva/Botafogo

O Botafogo perdeu para o Vasco em São Januário por 1 a 0 e alcançou a terceira derrota consecutiva no Brasileirão. O Glorioso até teve poucos bons momentos no começo do jogo, mas viu tudo ruir após sofrer o gol. O time não foi capaz de se livrar dos fantasmas da derrota da última quarta-feira e não chegou nem perto de conseguir o empate. Apático, desligado e frágil, o Alvinegro não foi capaz de competir no jogo e teve mais um desempenho melancólico.

O Botafogo teve três desfalques de peso para o clássico. Sem Adryelson e Cuesta, suspensos, a dupla de zaga foi formada por Philipe Sampaio e Bastos. Foi apenas o terceiro jogo de Sampaio como titular. Em dez aparições no campeonato, o zagueiro tem média de 31 minutos em campo. Já o angolano Bastos havia atuado apenas nove minutos contra o América e fez sua estreia no 11 inicial. No meio-campo, o também suspenso Marlon Freitas deu lugar a Danilo Barbosa.

Análise Vasco x Botafogo

Primeiro tempo

Com Danilo, o Botafogo teve Tchê Tchê mais adiantado pelo lado esquerdo, procurando aproximações com Victor Sá e Tiquinho, função semelhante à que Eduardo exerce no lado oposto. O Glorioso também sabia o que esperar do rival. Um time que, muitas vezes de forma afobada, procura ser vertical com os pontas Gabriel Pec e Erick Marcus e tem no jogo aéreo de Vegetti a principal arma ofensiva. Especialmente, quando o centroavante argentino é acionado por Lucas Piton, líder em passes decisivos e aproveitamento nos cruzamentos da equipe.

Empurrado pela torcida, o Vasco teve a bola e ameaçou uma pressão inicial nos minutos iniciais, mas forçou muitas jogadas e abusou dos erros. O Botafogo sustentou a empolgação e o ímpeto ofensivo do adversário e fez valer sua melhor organização tática para crescer no jogo. O Alvinegro encaixou bem a pressão na marcação alta e aproveitou as falhas do rival para criar sua primeira oportunidade mais aguda com Victor Sá aos oito minutos. Danilo Barbosa conseguiu boa recuperação no campo de ataque, escapou da pressão, conduziu e lançou para Victor em profundidade. O ponta entrou livre na área, mas hesitou e teve o chute travado pela marcação.

O Glorioso aproveitou o bom momento para tentar jogar a tensão para o outro lado. O time conseguiu se estabilizar na partida a partir de um bom aproveitamento nos passes e muita atenção nas disputas de bola. No entanto, faltou transformar essa postura mais consciente em ocasiões de gol. O Vasco se organizou em um 4-5-1 sem a bola e congestionou o campo para impedir as descidas em profundidade, causando muita dificuldade ao setor de criação alvinegro.

O jogo que era disputado longe das duas áreas mudou aos 28 minutos. Da maneira atabalhoada que cria seus ataques, o Vasco abriu o placar na primeira finalização da equipe. Uma pressão de Victor Sá em cima de Maicon forçou um lançamento para Paulo Henrique no lado direito. O lateral se virou bem, tirou Marçal da jogada com o domínio, limpou para a perna esquerda e finalizou rasteiro no canto esquerdo de Lucas Perri.

O gol abalou a já combalida confiança alvinegra e apenas resistiu ao restante do primeiro tempo. Foi o Botafogo que abraçou o caos e passou a jogar de forma confusa, sem jogo coletivo. A organização virou bagunça e o time cedeu muito espaço na defesa, abrindo caminho para o Vasco atacar as laterais e levantar bolas na área. Assim, o rival esteve perto de ampliar o resultado ainda no primeiro tempo.

Segundo tempo

A vitória parcial deu ao Cruzmaltino o cenário ideal para seu jogo reativo, explorando os contra-ataques. Esse é o pior cenário para o Botafogo na temporada, quando precisa de criatividade para encontrar espaço em uma defesa em linha baixa e compactada. Como tem sido o padrão, Lucio Flavio não fez substituições no intervalo e tentou reorganizar o time com as mesmas peças.

O Botafogo ficou com a bola, teve mais de 60% da posse na maior parte do segundo tempo, mas seguiu com sérios problemas para criar situações de finalização. Lucio Flavio esperou 12 minutos para tentar mudar a situação com as entradas de Hugo e Diego Costa nos lugares de Marçal e Bastos. Danilo, um dos poucos destaques do time no primeiro tempo, foi deslocado para formar a zaga com Philipe Sampaio (que também fez bom jogo no combate a Vegetti).

Pouco depois, foi a vez de Matías Segovia entrar na vaga de Júnior Santos. O paraguaio procurou dar mais amplitude ao time para abrir a defesa adversária e criar jogadas pelas beiradas para cruzar na área, agora povoada por dois centroavantes altos. O Glorioso assumiu os cruzamentos como alternativa principal para buscar o empate, mas esbarrou a todo momento nos desempenhos sofríveis dos principais jogadores do time. Tchê Tchê, Eduardo, Victor Sá e Tiquinho estiveram entre os piores em campo.

Tampouco as mudanças do treinador funcionaram. Diego Costa entrou mal, excessivamente pilhado e errando tudo o que tentou. Matías Segovia esteve fisicamente abaixo do que o jogo exigiu e pouco acrescentou em campo. O jogo desligado e pouco intenso de jogadores como Tchê Tchê, Eduardo e Victor Sá poderia ter suscitado as entradas de Gabriel Pires, Carlos Alberto e Luis Henrique, por exemplo.

Lucio preferiu apostar no “abafa”. Colocou Carlos Alberto no lugar de Di Placido e trocou Victor Sá por Luis Henrique apenas aos 40 minutos. Mas em nenhum momento o time deu liga, trocou passes de forma propositiva ou igualou o adversário em nível de competição. O Botafogo terminou o jogo cheio de atacantes em campo, sem saber o que fazer e cruzando bolas a partir da intermediária.

Análise Vasco x Botafogo

O Botafogo tem dois confrontos diretos, contra o Grêmio e o Red Bull Bragantino, para definir seu futuro nas próximas duas rodadas. O time volta a São Januário onde vai receber o Tricolor Gaúcho na próxima quinta-feira (9), às 20h.

Fonte: Redação FogãoNET

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