* Se perguntassem antes do Campeonato Brasileiro, qual seria sua expectativa para as seis primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro? Liderança invicta, G-6, parte de cima da tabela ou estar fora da zona de rebaixamento? Possivelmente, a maioria das respostas apontaria uma campanha mediana, ainda mais levando em consideração o início de temporada claudicante.
* Ter 15 pontos em seis jogos é ótimo. No ano passado, o Fortaleza se classificou para a Libertadores com 55 pontos. Nessa conta, faltariam 40 para o Botafogo atingir um de seus grandes objetivos. Já o Corinthians, que era colocado acima do Glorioso nas previsões da mídia no Brasileirão, precisa desses 40 pontos para evitar o rebaixamento. Curioso, não?
* Desta forma, é válido valorizar bastante as cinco primeiras vitórias e relativizar a derrota para o Goiás. Obviamente, dava para vencer. Mas o resultado, em meio a uma maratona de jogos e a desfalques, não é anormal.
* Faltou um pouco mais de futebol ao Botafogo e de acreditar que era possível matar o jogo ainda no primeiro tempo. Depois do primeiro gol, os espaços surgiram, mas o time alvinegro desperdiçou. Com a partida em aberto, um gol achado fez o time da casa empatar e acreditar ser possível a virada, que veio na etapa final.
* Nada de terra arrasada. O mais importante é o Botafogo se manter no bolo dos primeiros até a reta final, quando o campeonato se decidirá. E seguir evoluindo dentro de campo.
* É fundamental que Eduardo volte a jogar mais. O Botafogo precisa dele bem, como quando voltou de lesão. Nos últimos jogos, tem atuado mal e acrescentado pouco dentro de campo, o que tem feito diferença.
* Eduardo joga em uma função que Luís Castro, em entrevistas recentes, parece não ser fã. Ele é uma espécie de camisa 10 ou segundo atacante, enquanto o treinador já disse preferir “dois camisas 8” e “um camisa 5”. Mais à frente, Eduardo precisa aparecer mais, criar, dar passes ou finalizar mais. Não tem feito.
* Uma possível solução é a própria mudança na função do jogador, que é versátil e pode atuar mais recuado. Jogando de frente, vai preencher mais o meio-de-campo e articular jogadas. Outro cenário é entender que há jogos que não são tanto para ele, como o contra o Goiás. Em um duelo mais físico, mais pegado, mais intenso, talvez fosse indicado reforçar mais o meio.
* A intenção aqui não é criticar ou vilanizar Eduardo. É preciso levar em consideração que voltou lesão há pouco tempo e que pode estar sentindo a parte física da sequência de jogos. Ao mesmo tempo que poderia ser poupado mais vezes, é compreensível também que a comissão técnica possa estar dando mais ritmo e minutos a ele dentro de campo. É uma equação difícil em que Luís Castro tem que encontrar o melhor resultado.
* Vêm duas pedreiras pela frente: Athletico-PR na Copa do Brasil e Fluminense no Campeonato Brasileiro. A única certeza para esses jogos é que o Botafogo precisará repetir o nível de concentração e intensidade dos jogos contra Flamengo, Corinthians e Atlético-MG para obter bons resultados.