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Pitacos: Botafogo precisa de mudança de mentalidade e postura; Chamusca ainda não entendeu tamanho do clube

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Blog da Redação

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Marcelo Chamusca em Náutico x Botafogo | Série B do Campeonato Brasileiro
Reprodução/Premiere

* Perder para o Náuticoé um resultado ruim, mas totalmente dentro da normalidade da Série B“, recuar contra o Londrina é “porque o adversário toma o gol, reage e passa a colocar mais jogadores no nosso campo“, “é difícil jogar contra times fechados como Portuguesa, Volta Redonda e Madureira“. A cada declaração dessas, Marcelo Chamusca mostra que até hoje não entendeu o tamanho do Botafogo. Ou o clube, representado por seus dirigentes, não o conscientizou.

* Até tentamos aqui ter boa vontade e apontar evolução no time com Marcelo Chamusca. Mas essa mudança de mentalidade e de postura é necessária não apenas nele, como também em todo o Botafogo.

* Um técnico que vai para o jogo com o Náutico com a visão que a derrota que coloca sete pontos de diferença “não é resultado ruim” transmite esse mentalidade aos jogadores. E absolutamente não faz sentido. Pela mesma lógica, o Botafogo deveria ter obrigação de vencer o Londrina, que poderia se contentar com uma “derrota que não é resultado ruim”. Chamusca se contentou com o empate.

* Não é apenas nas palavras. A postura em campo mostra bastante que o técnico pensa o Botafogo como se fosse o Cuiabá do ano passado. Postura defensiva, linhas baixas, apenas 19º em posse de bola. Pior ainda nos sinais que o técnico dá nos jogos.

* Contra o Náutico, já começou errado ao optar mudar a escalação de início para recuar, com Guilherme Santos de volante no lugar de Ronald, o que colocou Pedro Castro de meia e Marco Antônio na direita. Não funcionou e chamou o adversário. Aí Chamusca diz que o Botafogo foi superior e teve mais finalizações. É natural e óbvio no futebol. O Náutico pressionou no início, fez seu gol (sem nem finalizar) e deu a bola para o Botafogo, que precisou finalizar inúmeras vezes até conseguir o empate. Após a igualdade, novamente o Náutico cresceu e fez mais dois gols. A estatística que vale é a de bolas na rede.

* Logo após o Botafogo empatar, o que fez Chamusca? Tirou Guilherme Santos para colocar Barreto. É um indicativo claro ao seu time que a hora é de recuar e ao adversário que o momento é de atacar. Já havia feito parecido contra o Londrina: saiu Marco Antônio para a entrada de Barreto.

* Chamusca precisa entender que está no Botafogo. Ainda que o clube viva dificuldades financeiras e mau momento técnico, o psicológico pesa muito, a favor ou contra. Sem um grande time, o Botafogo atropelou na Série B de 2015 por ter postura de Botafogo. Com a mentalidade atual, a tendência é ir se arrastando, mesmo quando deveria vencer na camisa e na imposição, como contra Vila Nova e Londrina. Com este pensamento, se for mantido, o time vai achar que não é ruim empatar ou perder para o Sampaio Corrêa no próximo jogo, por ser fora de casa.

* Fora os erros de Chamusca, é necessário apontar que muitas falhas individuais pesaram na derrota para o Náutico. A começar por PV, nervoso e afoito, que cometeu dois pênaltis e bobeou no terceiro gol. Ou Pedro Castro, que marcou gol contra e perdeu chance fácil. Ou Barreto, que entra no fim para segurar resultados e o Botafogo desanda a levar gols. Ou a insegurança de Douglas Borges, seja par sair jogando com o pé ou para sair nos cruzamentos.

* A maior mudança que o Botafogo precisa é de mentalidade. Por que Loco Abreu foi tão ídolo no clube? Pela postura, por não baixar a cabeça, por encarar de frente, por ter um espírito de vencedor. É o que tem que ser passado, do profissional à base. O Botafogo precisa acreditar que é grande para voltar a ser grande dentro de campo.

* Quem sofre com a falta de coragem e de mentalidade vencedora é o torcedor, que passou por duas grandes frustrações em questões de hora. Além de perder para o Náutico, pouco antes o Botafogo foi vice-campeão da Copa do Brasil Sub-20 nos pênaltis, em uma decisão que estava nas mãos. No jogo, o Botafogo foi superior no primeiro tempo e não aproveitou, desperdiçou boas chances. No segundo tempo, o Coritiba foi melhor, abriu o placar, mas o time alvinegro arrancou o empate no fim. Com todo o psicológico a favor, o goleiro Igo ainda defendeu uma cobrança e bastava Kauê converter.

* Aí pareceu entrar o medo de ser feliz. Kauê bateu no seu estilo, mas sem tanta convicção, acompanhando lentamente a bola acertar a trave. É o seu jeito cobrar com paradinha, OK, só que é preciso firmeza para fazer o gol, não depender do acaso. O mesmo vale para Gabriel Henrique, que foi devagar e chutou quase com o calcanhar, outra vez na trave. No fim, esse sim pode reclamar de azar, Igo foi certo na bola, espalmou, ela bateu na trave, voltou nele e entrou. Um vice-campeonato traumático em um título que estava praticamente ganho.

Fonte: Redação FogãoNET

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