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Pitacos: Lucio Flavio ‘fez o simples’ no Botafogo; e isso é muito mérito, tem que ser valorizado

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Blog da Redação

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Pitacos: Lucio Flavio ‘fez o simples’ no Botafogo; e isso é muito mérito, tem que ser valorizado
Vitor Silva/Botafogo

* Sim, Lucio Flavio “fez o simples” no Botafogo. Isso não é uma crítica ou uma desvalorização do trabalho. Pelo contrário. É um reconhecimento de que o técnico interino fez a leitura perfeita do que o time precisava no momento para vencer o clássico contra o Fluminense e recuperar a confiança no Campeonato Brasileiro.

* E o que é fazer o simples? Lateral-direito é lateral-direito, e Di Placido é o dono da posição. O Botafogo joga melhor com as linhas próximas e protegidas. Adryelson e Victor Cuesta são zagueiraços, melhor ainda quando não expostos a ataques em velocidade nas suas costas. Tchê Tchê é meio-campista, um dos melhores do Brasileirão. Júnior Santos é a principal opção pela ponta-direita, ainda mais quando tem espaço para usar força e potência. Eduardo não é um segundo centroavante, não pode ficar encaixotado, rende mais quando tem espaço para flutuar pelo meio e armar o jogo. E, obviamente, Tiquinho Soares é o titular no comando do ataque.

* Viu como não é difícil, Bruno Lage? Não tem nada a ver com “adversários já conhecem o estilo de jogo do Botafogo” e “precisamos criar coisas novas”. Não é necessário inventar improvisos, espaçar a equipe, “comemorar” impedimentos do adversário, querer controlar o jogo com posse de bola pouco produtiva. Esse Botafogo é forte defensivamente, controla os espaços e é letal nas saídas rápidas ao ataque.

* Os próprios jogadores falaram muito em “arroz com feijão” e em “volta ao esquema que vinha dando certo”. Eles próprios se sentem mais confortáveis jogando assim. Tendo assumido a responsabilidade, como fizeram ao terem papel fundamental na saída de Lage, precisam ser ajudados pelo treinador. Que foi o que fez Lucio Flavio, com valiosa participação de Joel Carli.

* O Botafogo foi muito mais próximo do Botafogo do primeiro turno, de Luís Castro e de Cláudio Caçapa. Um time que soube alternar a forma de marcação, que baixou as linhas quando necessário e que subiu as linhas para evitar a troca de passes do Fluminense. Um ponto importante: quando fez linha alta, foi bem coordenado, com jogadores próximos e sem dar tanto espaço para lançamentos nas costas da defesa.

* É isso que pedíamos. O técnico e o time têm que entender o que o jogo pede. Quando fez 2 a 0, o Botafogo recuou para proteger sua defesa, fechou a casinha, sem medo ou receio. Notem que o Fluminense praticamente não entrou na área alvinegra, a maioria das finalizações foi de longe. Porque não conseguiu entrar.

* Lucio Flavio, que acertou na leitura de jogo e em explorar os pontos fracos do adversário, foi bem ainda nas substituições. Pontas por pontas para renovar o gás, Danilo Barbosa de volta no meio para ganhar em força e combatividade, Carlos Alberto como opção pelos lados e como centroavante, Gabriel Pires (que pode melhorar em intensidade) no lugar do cansado Tchê Tchê… e Hugo dobrando a lateral esquerda, atuando um pouco mais à frente que Marçal, com dinamismo e agilidade.

* Tão importante quanto a vitória foi notar que o Botafogo voltou. Com Bruno Lage, seria mais difícil conquistar o título brasileiro. Sem ele, ficará mais complicado para os adversários. Que bom que não aproveitaram o período do treinador português no Alvinegro. Agora, vamos juntos e com a esperança renovada. O sonho está a cada dia mais próximo.

Fonte: Redação FogãoNET

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