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Com demissão de Bruno Lage, Botafogo fortalece laço de ‘família’ em busca do tricampeonato

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Blog do Gentile

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Com demissão de Bruno Lage, Botafogo fortalece laço de ‘família’ em busca do tricampeonato
Vítor Silva/Botafogo

John Textor, longe do Brasil, escutou o celular tocar e logo percebeu do que se tratava: um pedido de ajuda. O Botafogo tinha acabado de empatar com o Goiás, no Nilton Santos, e o seu comandante havia deixado Tiquinho Soares, o craque do time, no banco de reservas. O estádio ferveu em vaias e xingamentos direcionadas única e exclusivamente ao então técnico Bruno Lage.

Do outro lado da linha, o desespero. Não havia mais condições de seguir lado a lado com o treinador português. O elenco já não acreditava tanto no trabalho, mas barrar o melhor jogador do campeonato da forma que foi deixou todos abalados. Durante a semana de treinos nenhuma dica de que Tiquinho perderia a vaga no time titular.

A decisão veio à tona horas antes da partida e pegou a todos de surpresa. O torcedor, então, soube momentos antes da bola rolar. Ira, raiva, ódio… O sentimento pode ter vários nomes, mas muda pouco dentro do peito. Houve uma traição com quem mostrou amor incondicional e fez vista grossa dois dias antes em uma sessão de treino aberto. Gritou o nome de Bruno Lage para ser apunhalado pelas costas dessa forma?

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O mesmo se percebeu no time que estava em campo. Ninguém digeriu bem a situação e, claro, não conseguiu conquistar os três pontos. A revolta da torcida ao apito final foi fundamental para que os jogadores ganhassem a confiança que precisavam para uma intervenção. Não tinha como seguir.

Logo pela manhã uma reunião com o departamento de futebol deixou tudo alinhado. A insatisfação deveria ser oficializada de forma coletiva a John Textor. E assim foi feito. A decisão estava tomada: Bruno Lage não era mais técnico do Botafogo, mesmo que ainda não soubesse. O dono da SAF e principal líder do projeto escolheu os jogadores, os torcedores.

Os laços ficaram ainda mais fortes e evidentes. Promover Lucio Flavio e Joel Carli ao posto de comando também. A decisão pode até não dar certo, mas não resta a dúvida para ninguém inserido no projeto. Um vai correr pelo outro, custe o que custar. Há um pacto. Algo que não se vê por aí em qualquer local de trabalho. Mais que companheiros de profissão, uma família.

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