Nunca escondi a sensação de que o Botafogo encontrou o dono que merecia ao ser comprado por John Textor. E algumas atitudes ao longo desse tempo comprovam tal premissa. Nesta quarta-feira (27/9), o empresário, mesmo de longe, reapareceu para assumir seu papel de líder.
Primeiro de tudo mostrou estar em sinergia com a torcida do Botafogo, seu maior tesouro. Entender o sentimento de um grupo tão sofrido e passional não é para qualquer um. É preciso ser mais que o “dono do dinheiro” para tomar decisões importantes como essa. E estar cercado de pessoas que conhecem o clube e o ajudam neste processo – certamente um bom trabalho do departamento de comunicação.
Decisões importantes e arriscadas. Torcedores são passionais e imprevisíveis, mas Textor mostrou confiança e amor, palavra que tanto usou em seu discurso. Mais que isso. A colocou em prática e decidiu abrir a intimidade do time apostando em uma união ainda mais forte.
Além da relação com os torcedores, Textor usou seu poder de liderança para defender Bruno Lage, tão questionado por parte da torcida. Não foi por acaso que elogiou o “trabalho duro” do treinador à frente do Botafogo. É um fato que precisamos de união nesse momento e que o técnico português seguirá no comando. Aliás, o dono da SAF fez a mesma coisa com Luís Castro quando o mesmo estava em baixa: bancou a escolha e colheu frutos depois.
O momento, claro, não é dos melhores após três derrotas consecutivas no Campeonato Brasileiro. Mas vamos olhar o copo meio cheio? O Botafogo é líder com sete pontos de diferença e os adversários é quem precisam correr atrás do prejuízo. O pior já passou, vamos para cima deles – TODOS eles.