O Botafogo voltou a decepcionar a torcida na derrota por 2 a 0 sobre o Cuiabá, nesta terça-feira, no Nilton Santos. Para variar, o técnico Luís Castro novamente foi alvo de críticas dos torcedores nas redes sociais. No entanto, a conta da derrota deveria ir quase que integralmente para os jogadores.
Um dos melhores treinadores de todos os tempos, Pep Guardiola uma vez disse que seu trabalho é fazer seu time chegar ao último terço do campo e que, depois disso, é mérito e demérito dos jogadores. Pois foi justamente isso que o português do Botafogo fez no Nilton Santos.
Somente no primeiro tempo, quando gastou a bola e amassou o Cuiabá, o Alvinegro acumulou diversas oportunidades de gols. Pelo menos umas cinco. Até Tiquinho Soares, que conta justamente com a confiança e apoio da massa, desperdiçou. Sozinho, chutou em cima de Walter, que ainda fez outras duas defesas importantes.
E Victor Sá? Novamente o jogador mostrou ter problema nas conclusões das jogadas. Assim como em outros jogos, ele recebeu bola em ótimas condições e não conseguiu dar sequência ao lance – dessa vez errou passe infantil. Jeffinho é outro que precisa melhorar urgentemente a finalização.
E o Luís Castro?
O português não está isento de culpa. Algumas escolhas não fizeram o menor sentido. A principal delas foi decidir pela entrada de Jacob Montes aos 10 minutos do segundo tempo. O norte-americano ainda não mostrou futebol para receber tais oportunidades. Mas o pior foi ter deixado Patrick de Paula no banco de reservas durante todos os 90 minutos.
O volante tinha tido boa atuação contra o Fluminense e foi decisivo ao sair do banco na vitória sobre o Red Bull Bragantino. Durante a semana inteira a dúvida foi de quem seria titular: Patrick ou Victor Sá? A contratação mais cara da história do clube e que vinha de boas atuações, no entanto, sequer pisou no gramado. Foi preterido por Jacob Montes.
Luís Castro, portanto, errou e merece críticas. Mas dizer que ele é o principal culpado pela derrota do Botafogo diante do Cuiabá é ignorar os fatos e os gols perdidos pelos jogadores em campo.