Os bastidores do ‘sim’ de Luís Castro, do Botafogo, ao Al-Nassr: projeto, dinheiro e clima mais leve 

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Os bastidores do ‘sim’ de Luís Castro, do Botafogo, ao Al-Nassr: projeto, dinheiro e clima mais leve 
Vitor Silva/Botafogo

Luís Castro não será mais o treinador do Botafogo. O técnico aceitou a proposta do Al-Nassr e se despedirá do Glorioso no jogo desta quinta-feira (29/6), no Estádio Nilton Santos. A informação foi divulgada inicialmente pelo Goal e confirmada pelo FogãoNET em seguida. Alguns motivos pesaram na decisão do português em aceitar o novo desafio e, consequentemente, dar fim ao projeto ao lado de John Textor precocemente.

No lado do treinador, há uma grande decepção com o que foi prometido durante as negociações e o que, de fato, se encontrou no clube em sua chegada. Promessas não foram cumpridas e isso tem um peso grande no rumo que tudo tomou.

Além disso, quando o Botafogo de Castro esteve mal das pernas houve um movimento (interno e externo) que apontavam o português como vilão e que desejava sua saída. Neste momento, Mesmo que Textor bancasse e futebol bancassem sua permanência, o treinador se sentiu isolado e com caráter questionado.

Ele jamais superou esse sentimento e essa é a verdade. Bastante sentimental, xingamentos das arquibancadas e algumas posturas de algumas pessoas nos bastidores foram considerados uma facada nas costas. Mesmo diante de uma nova fase e idolatrado pela maioria, Castro não consegue superar os momentos difíceis. Várias vezes chorou ao telefone com pessoas próximas lamentando a forte pressão sofrida.

É nesse contexto que aparece a proposta dos sauditas. Financeiramente irrecusável e com um projeto animador (lembra das promessas não cumpridas por aqui?) de treinar Cristiano Ronaldo e liderar departamento. Ou seja, terá autonomia e dinheiro praticamente infinito para comandar o Al-Nassr.

Mesmo assim, a decisão não foi fácil. Foram vários dias intensos até a tomada de decisão. O bom relacionamento com os jogadores teve grande peso, mas não foi o suficiente. A família Botafogo ficará, muito em breve, no passado.

O sentimento de Castro é que o trabalho desenvolvido aqui foi muito bom, visto que pegou um time que saiu da segunda divisão para a liderança do brasileiro em pouco mais de um ano. O português espera uma grande despedida na noite desta quinta contra o Magallanes, pela Copa Sul-Americana. Mas qual será a postura dos botafoguenses neste momento?

Botafogo prefere não se manifestar nesse momento

Procurado pelo FogãoNET, o Botafogo preferiu não se manifestar até o momento da publicação. Segundo apuração da reportagem, havia a confiança na permanência de Castro mesmo sabendo das dificuldades da situação. John Textor fez o que considerava justo nesse momento. Colocou as cartas na mesa e tentou convencer o sócio a ficar.

Falou em ter bancado Castro no momento mais difícil de sua trajetória e sentia que o treinador “devia uma ao Botafogo”. Não gostaria que após tudo o que fez ele saísse na primeira proposta. O problema é que não foi qualquer oferta e, claramente, o português já não estava mais na mesma página do norte-americano.

O fim do projeto amadurecia a cada dia, e o Botafogo, claro, não pode ficar parado. Bruno Lage é a principal alternativa para assumir o clube, mas ainda não há maiores detalhes da negociação até o momento. O certo é que o Alvinegro tentou otimizar o tempo e ficar para o menor tempo possível.

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