Ficou muito claro durante a semana que os jogadores tiveram papel fundamental na mudança de comando. Consultados sobre Bruno Lage, os líderes do elenco chamaram a responsabilidade e sugeriram a troca. Mais que isso. Foram importantes na decisão da diretoria e John Textor pela escolha de Lucio Flavio.
A partir desse momento, o que se viu foi uma torcida aliviada com a saída de Lage, inegável. No entanto, ainda havia uma parta da torcida que não estava completamente satisfeita. Não com a forma como tudo foi conduzido. E era um fato que os jogadores jogaram o holofote para cima de si. Foi feito o que vocês queriam, agora precisamos que voltem a fazer sua parte.
Por mais que Lucio Flavio fosse o comandante interino, não temos como ignorar que a pressão estava praticamente toda em cima do grupo de atletas. Imagina um cenário de derrota para o Fluminense e diferença caindo para quatro pontos? Isso ficou no passado e só podemos falar isso porque os jogadores foram extremamente honrados e comprometidos.
Desde o primeiro minuto jogaram e mandaram recado. “Nós voltamos, estamos aqui”. O torcedor, logo de cara, percebeu que ali era a família do primeiro turno. Confiantes na estratégia adotada, sabedores do que estavam fazendo e que, consequentemente, a vitória estaria próxima.
É um grupo diferente. Pessoas comprometidas com o trabalho e que já sentem o gosto da vitória, do título. Que diante de um cenário complexo não se omitiram como poderia ter ocorrido. E que tiveram a noção exata do momento que viviam, que era preciso de um algo a mais no primeiro jogo sem o Lage.
O torcedor do Botafogo pode comemorar não só a vitória diante do Fluminense e os tropeços dos rivais. Pode celebrar também o caráter dos homens que vestem o uniforme e de todos que os cercam. A família é real. Seremos!