O 3 a 2 para o Juventude ficou com um gosto amargo porque o Botafogo poderia ter empatado. Mas também podemos dizer que o sentimento foi de alívio se levarmos em conta apenas o primeiro tempo. Se existe algo de positivo neste jogo, além do poder de reação, é o fato de Artur Jorge ter recebido uma lição que com certeza pode ser muito útil para a temporada: Não basta ter elenco, é preciso usar as peças com o mínimo de coerência.
Se o Botafogo quis poupar alguns titulares neste jogo, praticamente todos do meio para frente, com exceção de dois nomes suspensos, Tchê Tchê e Luiz Henrique, Artur Jorge precisava fazê-lo com alguma coerência. Ou seja, utilizar atletas que pelo menos se conhecem em campo. E isso não foi feito.
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Se usou todos os atletas titulares no segundo tempo, o treinador deveria ter planejado o uso dos mesmos ao longo de todo o jogo. Se vai utilizar Allan, que não seja com Danilo Barbosa. Salvo se ambos estivessem acostumados a jogar juntos. O mesmo vale para a frente, com Carlos Alberto e Matheus Martins, praticamente apresentados ants do jogo.
E a principal lição de Artur Jorge…
Se entrou com Carlos Alberto, colocasse Igor Jesus e depois deixasse Matheus Martins entrar. Se optou por Danilo Barbosa, deixa Marlon Freitas jogar o primeiro tempo. Pois são duplas que, com a rotatividade dos jogos, tiveram alguns minutos em campo.
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Artur Jorge com certeza vai saber fazer melhor uso do elenco depois da lição de Caxias do Sul. Mas o grande aprendizado que todos esperam que ele tenha assimilado é o de não escalar jogador sem a menor condição de estar em campo. Sem Bastos, faça qualquer coisa, menos a presença de Lucas Halter. Mais uma vez o zagueiro foi decisivo para a derrota, assim como aconteceu diante do Cruzeiro há duas semanas.
