O presidente do Serra Macaense disse que não quer ver Matheus Babi na Série B e que negocia com outros clubes. O senhor Rodrigo dos Santos assume inclusive uma negociação com o Fluminense. O nível da fala mostra não se tratar de um profissional do futebol. Até entendo o seu lado. O que ele deseja é que a negociação seja a mais interessante possível para o Serra Macaense, apesar de passar a impressão que não tem a mínima competência para negociar. Mas Matheus Babi deveria se posicionar e dizer se ele pensa igual.
Jogadores de futebol passaram anos lutando por uma tal liberdade, para deixarem de ser “escravos dos clubes”, como eles mesmos falavam. Diziam que tinham direito de serem livres e decidirem seus destinos. Mas pelo visto apenas mudaram de “senhor”, já que agora são escravizados por empresários. Quando são chamados a se posicionar sobre o futuro a frase é a mesma: “Isso é com meu empresário, eu não posso falar”. Ou seja, continuam não apitando em nada sobre seus destinos. Estou errado? Então fala, Babi…
Babi vai abrir a boca?
Mas Matheus Babi deve perceber com o tempo que sua carreira vai ser mal gerida se ele deixar o futuro nas mãos apenas do presidente do Serra Macaense. Este dirigente ao falar que o atleta não vai jogar a Série B se esquece que Matheus Babi estava no elenco que rebaixou o Botafogo. Além disso mostra um desrespeito com a instituição.
Qualquer um tem o direito de buscar um outro clube e até de não querer jogar a Série B. Mas existe forma mais inteligente de se posicionar. Além disso existe uma linha que separa homens como Jefferson, Marcos e Fábio de jogadores que nunca terão nenhuma expressão. Por isso que é importante Babi falar e não seu empresário, que parece bem mais sensato, ou o presidente do Serra Macaense.
Aos clubes que desejam Matheus Babi que tenham como exemplo o que o jogador pensa em relação a respeito à camisa e ao peso dos clubes. Analisem se haverá identificação e como ele poderá agir se perceber que a coisa vai desandar. Os clubes que negociam com o presidente do Serra Macaense devem ler bem a sua entrevista e analisar se existe algum risco de no futuro ele tratar a sua instituição da mesma forma como tratou a centenária história do Botafogo. Fico imaginando a cara do Mário Bittencourt vendo a sua conversa com outro dirigente sendo revelada como foi. Eu, particularmente, nem abriria negociações. Já sobre o atacante botafoguense fica uma questão: vai abrir a boca e agir como homem ou vai ficar caladinho deixando que falem por você?
