Quem acompanha este espaço sabe que tenho ao longo dos últimos anos batalhado contra a postura de parte da mídia em relação ao Botafogo. Com as administrações ruins em uma passado recente, o Glorioso caiu em desgraça junto a vários jornalistas. Muitas críticas justas. Mas algumas dessas deixam evidente uma má vontade. Com a chegada de John Textor isso parece ter se intensificado e deixado alguns com os nervos fora de controle. A maneira como o assunto é tratado deixa visível as diferenças entre os bons jornalistas e os torcedores fantasiados de profissionais de imprensa.
Era comum o discurso de que o Botafogo não tinha dinheiro para nada. E era a pura verdade. Essa realidade começou a mudar agora e já sentimos em alguns discursos um certo desespero. Vejo alguns chegarem ao ponto de dizer que no clube continua sem dinheiro. “Quem tem é o Textor”. Curioso é que isso muitas vezes sai da boca de pessoas que defendem a modernização do futebol brasileiro.
Pregar a modernização e o modelo europeu é interessante desde que isso não coloque em risco a soberania do meu time. Desde que não mude as relações de mercado. É mais ou menos isso que acompanhamos.
Nem todos agem de maneira equivocada

Justiça seja feita, alguns jornalistas corretos estão vibrando com a situação mesmo sem serem torcedores do Botafogo. Entusiasta do mercado, Rodrigo Capelo cantou a bola que o futebol vai ficar mais divertido com a volta do poder de fogo de clubes como Botafogo, Cruzeiro e Vasco. Sempre crítico da maneira como a mídia trata o Botafogo, André Rizek é outro que tem analisado a situação sem paixão.
Mas infelizmente nem todos agem dessa forma. Há quem fique incomodado com o escudo do Botafogo aparecendo na Premier League. Há quem garanta que o Corinthians jamais levou um chapéu do Botafogo. Faz parte da vida. O fato é que o Botafogo de John Textor vem deixando evidente o desequilíbrio da mídia.