A diretoria do Botafogo no meu entender errou na contratação de Eduardo Barroca. O elenco precisa de um perfil motivador de técnico, algo que passa longe do estilo do substituto de Ramón Díaz. Neste cenário, com a decisão já tomada, é preciso minimizar os impactos. E uma das formas passa por motivar o elenco.
Pode parecer até ridículo motivar jogadores profissionais que ganham bons salários. Mas este tem sido um nítido problema do plantel. A motivação primeiro passa por acreditar que é possível ganhar. Os constantes gols sofridos no fim dos jogos, a dificuldade de reagir dentro do jogo e até mesmo a falta de capacidade de matar jogos passam exatamente por acreditar que é possível ganhar.
Se colocarmos o time do Botafogo no papel e compararmos com outros times do Campeonato Brasileiro, o risco de rebaixamento não seria uma realidade. Mas a apatia é gigantesca dentro de campo. Me recordo do jogo de volta contra o Cuiabá, quando o time precisava ganhar e não conseguiu fazer nada em campo.
Botafogo está apático

Motivação é um trabalho que exige sequência. O Botafogo fez um belo jogo contra o Goiás, dominou o adversário e criou inúmeras oportunidades de gol. Mas a bola não entrou. O elenco, em vez de trabalhar para mudar o quadro no jogo seguinte, ficou apático e se abateu porque o gol não saiu.
Por fim a motivação também serve para mostrar o que representa o Botafogo. Os jogadores precisam entender que uma queda em um campeonato como o Brasileiro por um clube de expressão marca negativamente qualquer carreira.
Sugiro que o clube traga palestrantes que possam fazer a diferença, inclusive ex-jogadores que ganharam títulos pelo clube. É possível reverter a situação. Mas se a diretoria ficar imóvel, isso não acontecerá.