Bruno Lage quebrou o silêncio para a imprensa portuguesa e falou de sua passagem pelo Botafogo. O treinador procurou simplificar a situação. Algumas de suas frases fizeram sentido. Outras foram incoerentes. Mas o mistério sobre o que aconteceu com o Glorioso continua vivo.
Se o objetivo de Bruno Lage foi tentar explicar a derrocada alvinegra pela ausência de um lateral-direito e de um reserva para Tiquinho Soares podemos dizer que está no caminho errado. Isso pode até justificar alguns pontos perdidos. Mas não ganhar nenhum jogo depois do América-MG não tem explicação.
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Quando fala que não tinha um reserva para Tiquinho Soares, ele dá a entender que não confiava tanto em Diego Costa. O “espanhol” foi para muitos o pivô de uma crise que culminou com sua saída após a partida contra o Goiás, quando barrou Tiquinho. No mínimo incoerente.
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O certo é que não dá para culpar Bruno Lage pela perda do título. Depois da saída dele o Botafogo chegou a engrenar. Alguns fatores foram determinantes: o apagão contra o Athletico, a decisão covarde da CBF de remarcar o jogo contra o Fortaleza, uma série de erros de arbitragem (como a visão fantástica de Hilton Moutinho no gol do Cuiabá e a atuação de gala de Raphael Claus contra o Flamengo), a virada do Palmeiras sem nenhuma justificativa aceitável e os incríveis gols no fim. Enfim, uma série de fatores. Mas se teve algo realmente determinante, continua sendo um mistério.