Chay teve um bom começo de trajetória no Botafogo. Mas acabou sendo substituído nos dois últimos jogos. Contra o Náutico, o técnico Marcelo Chamusca deu uma explicação lógica: o desgaste físico da maratona de jogo. Contra o Sampaio Corrêa o fato se repetiu mesmo com o time tendo folgado durante a semana. As alterações, que logicamente causaram danos ao setor de criação do Alvinegro, abrem o debate sobre reforços e erros de escalação.
Chay é um bom jogador e tem tudo para colaborar com o Botafogo ao longo da caminhada. Mas não pode ser tratado como a solução única em uma competição longa e desgastante. O Botafogo precisa de opções. Contratar um camisa 10 é importante sim e é neste sentido que torcida e dirigentes não se entendem.
A situação por um camisa 10 se torna ainda mais grave com a saída de PV. É nítido que Chamusca apostava no avanço dos laterais para suprir esta carência. No jogo contra o Sampaio foi visto mandando Warley aproveitar o espaço que tinha em várias ocasiões. Além disso apostava na postura ofensiva de PV, algo que perdeu. Guilherme Santos não tem essa mesma habilidade.
Marco Antônio sumido em campo

Sobre erro de escalação a que me refiro é a forma como Chay vem sendo usado. O jogador precisa atuar mais centralizado e com liberdade de criação. Não pode ser dele a responsabilidade de fechar avanços de laterais. Vejo Marco Antônio bem mais solto em campo. Tão solto que fica sumido a maior parte do tempo. Inclusive trata-se de um jogador que precisa de um choque de energia, seja com uma barração ou com uma forte conversa.
O fundamental é que o Botafogo possa rapidamente resolver seu problema de criação. Isso é um problema sim do time por mais que seu treinador tente dizer que o time controla jogos. Mas não é eficiente.