Durcesio deixa futebol do Botafogo com todos objetivos atingidos

Durcesio Mello - Museu Botafogo
Vitor Silva/Botafogo

Durcesio Mello assumiu a presidência do Botafogo tendo em mente dois objetivos: promover o retorno para a Primeira Divisão e deixar o clube pronto para ser vendido. Metas que hoje passam a impressão de tranquilas. Entretanto que em janeiro de 2021 eram extremamente complicadas tamanho o estrago deixado por gestões anteriores.

O Botafogo não tinha um time em janeiro de 2021. Tinha um bando de jogadores, boa parte deles sem a menor condição de passar na porta do clube. Dinheiro para contratar? Nada. Tempo? Nenhum por conta da pandemia. Era criatividade e trabalhar com poucas balas na arma. Tiros errados no começo, como Marcinho e Felipe Ferreira. Alguns que surpreenderam de maneira negativa, como Marcelo Chamusca. Mas o planejamento estava feito. Uma hora a coisa ia. Por essa não esperava. Essa não. Mas com o tempo a coisa entra no rumo – me disse na manhã seguinte à queda para o ABC na Copa do Brasil.

Com mais critério na análise de reforços e sem contar apenas a minutagem em campo, o Glorioso mudou as formas de avaliação e montou seu elenco para a Série B. Tanto que tiveram muitos tiros certos, como Chay, Daniel Borges, Diego Gonçalves e Luís Oyama. Além disso corrigiu a injustiça histórica com Joel Carli.

Botafogo fez a lição de casa

Durcesio Mello e John Textor no Botafogo
Durcesio Mello e John Textor forma fundamentais neste processo no Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

Enquanto as coisas iam se acertando nas quatro linhas, fora delas o clube enxugava despesas, buscava patrocínios e profissionaliza os setores. A chegada do CEO Jorge Braga mostrava que Durcesio tinha a humildade que o momento histórico do Botafogo pedia. “De amadores no clube só eu e Vinicius (o vice geral)”, sempre dizia.

Enfim veio o acesso e depois, com o clube pronto, a venda para John Textor. A mídia reconheceu que o Botafogo fez a sua lição de casa neste projeto. O novo dono do clube reconheceu a importância do trabalho de transição. O grande mérito do atual presidente foi ouvir quem era bom no mercado e não montar panelas. Que Durcesio consiga agora nos bastidores políticos e na parte social e olímpica o mesmo sucesso dos tempos de futebol.

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