Pensem em um treinador que sabe muito de tática, mas de fortes convicções, que gosta de mudar jogadores de posição e que tem por hábito tornar os vestiários focos de tensão. Se pensou em Quique Setién acertou. O Botafogo, com ele, pode flertar com problemas e soluções. É no mínimo uma aposta de risco.
Quique Setién atende ao futebol ofensivo tão sonhado por John Textor. É fã do tiki-taka de Guardiola. Não tem medo de ousar, mesmo que isso represente a mais humilhante eliminação do Barcelona em uma Champions League: 8 a 2 para o Bayern de Munique.
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Por falar em Barcelona, foi lá que ficou visível seu vestiário tenso. O desentendimento com Lionel Messi, craque do time, saltou aos olhos. A reação dos líderes do elenco ao que se viu na goleada diante do Bayern fez o Barça demitir Setién minutos depois do apito final.
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As duas faces de Quique Setién
O vexame do Barcelona deixou Quique Setién na geladeira por longos meses. O Villarreal apostou em seu futebol. E lá ele mostrou o que tem de pior e de melhor. O grande conhecimento tático levou o time a um histórico quinto lugar no último Campeonato Espanhol. A vaga na Liga Europa surpreendeu a todos.
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Apesar disso o treinador não abandonava seu principal defeito. Enquanto o Villarreal surpreendia em campo, no vestiário vários jogadores não curtiam o estilo de Setién. Mudou jogadores de posição e desagradou lideranças.
Na temporada seguinte o elenco não se mostrou disposto a manter o técnico, que caiu após quatro rodadas e três derrotas. Caiu pelo péssimo ambiente.
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Se o Botafogo vai acertar ou errar se investir em Quique Setién só o tempo vai dizer. Mas não dá para negar que todos sabem o jeito dele trabalhar.
