A saída de Bruno Lage é vista com alívio pelo elenco do Botafgogo e principalmente pelos torcedores. O treinador se especializou em ser um Professor Pardal nos últimos jogos. A decisão de barrar Tiquinho Soares diante do Goiás foi a cereja no bolo de uma série de equívocos. Mas parte dos erros de Bruno Lage se devem ao fato dele não ter confiança em um jogador do elenco. Trata-se de Di Placido. O argentino contribuiu, claro que sem querer, para a queda do técnico.
Bruno Lage desde que chegou ao clube desconfiou do futebol de Di Placido. Só que em nenhum momento se questionou se não teria responsabilidade nisso, uma vez que o argentino vinha crescendo com Luís Castro e depois com Cláudio Caçapa. Inclusive fazendo partidas excelentes, como diante do Bragantino.
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Vendo Di Placido como um problema, e sem ter Mateo Ponte como opção por uma questão de adaptação, Bruno Lage aproveitou para ir introduzindo JP Galvão no time. A suspensão do argentino na vitória sobre o Bahia abriu brecha para uma barração. Vista pelo português como solução. Uma prova de que Lage não conseguiu sequer conhecer bem o elenco durante sua trajetória.
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JP Galvão foi a surpresa na escalação contra o Flamengo. Bruno Henrique agradeceu e o Glorioso perdeu a primeira em casa. Como escrevi ontem, foi aí que Bruno Lage começou a ficar pelado em termos táticos.
A volta de Di Placido

Não dava mais para manter JP Galvão. Assim escalou Di Placido contra o Atlético-MG e ficou insatisfeito. O mesmo aconteceu contra o Corinthians, quando viu o cruzamento para o gol de Gil sair nas costas do lateral. A transmissão do jogo mesmo chamou a atenção para a revolta do português com o defensor.
Na visão de Bruno Lage não dava mais para contar com Di Placido. Seguia percebendo que a queda de produção do argentino era compatível com a queda de quase todos os jogadores. Será que Di Placido também era o culpado por isso?
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Pressionado a encontrar uma solução, Bruno Lage sacou da cartola outra aberração contra o Goiás. Usou Tchê Tchê na lateral direita. E podem apostar, se não tivesse caído, teria mantido o volante no setor.
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Pela insistência em encontrar soluções para um problema que ele mesmo criou, Bruno Lage meteu os pés pelas mãos para encontrar um lateral pelo lado direito. Pagou caro por isso. Mas não apenas por isso. Foi pelo conjunto da obra. E Di Placido não deve se sentir culpado. Tem bola para terminar o ano como titular. Principalmente porque tudo indica que o Botafogo voltará a jogar como antes.