O Botafogo vem em seu crescimento desde 2021. Crescimento este acelerado com a SAF e a chegada de John Textor. Mas pelo visto a tentativa do clube de profissionalizar de vez o futebol brasileiro incomoda muitas pessoas. Os últimos dias foram ricos em polêmicas sem muita necessidade.
Textor levantou a questão da corrupção no futebol brasileiro por conta de um suposto áudio de propina envolvendo um árbitro. Confesso que nem achei este o momento oportuno. Mas ele soltou a bomba e me causa espanto que as pessoas, em vez de lutarem por uma apuração correta dos fatos, surjam com ameaças, processos e coisas do gênero.
A nota de uma entidade de árbitros criticando o anúncio de Textor, mesmo sabendo ser impossível garantir a honestidade de todos os seus membros, causa incômodo. Por mais confiança que uma gestão de entidade tenha em seus afiliados, se surge uma denúncia, que se espere o fato ser apurado para depois buscar uma reparação. Do contrário é apenas um exercício de corporativismo.
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O Palmeiras, sequer citado por Textor, decide abrir um processo contra o empresário. Vivemos em que mundo? Essa postura, para quem não conhece a grandeza do Palmeiras, poderia ser interpretada como confissão de culpa. Claro que o Palmeiras não ia comprar árbitros. Nem precisa disso pelo belo trabalho que vem sendo feito. E por lutar pelo profissionalismo no futebol, deveria ser o primeiro a cobrar investigações e não processar Textor.
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Botafogo e o gramado
Tirando da corrupção e trazendo para o cenário do futebol carioca, acompanho há algum tempo a luta de Alfredo Sampaio contra os gramados sintéticos. Embora não exista nenhuma comprovação científica de que este tipo de gramado seja pior do que o natural em termos de lesões, o treinador entende ser um risco.
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O curioso é que Sampaio fica indignado com o tapete do Nilton Santos, mas não parece tão firme na luta contra o pasto que vemos em alguns estádios do Rio de Janeiro. No jogo de domingo, entre Sampaio Corrêa e Botafogo, por exemplo, vimos muitas reclamações dos jornalistas sobre a condição do campo. Mas acho que neste caso pode né?
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No futebol brasileiro, onde os absurdos estão cada vez mais em alta, que até a CBF virou caso de justiça por conta de suas eleições, não me surpreende que tentar moralizar o futebol e melhorar as condições de jogo gerem tantas polêmicas.
