A CBF escalou Raphael Claus para apitar o clássico do próximo domingo, contra o Flamengo, no Maracanã.As duas equipes se enrfrentam pelo Campeonato Brasileiro. Não tem como não ver esta escala de arbitragem e não acreditar em uma provocação ao clube. Falo isso porque na última segunda-feira John Textor esteve na CPI do Senado, apresentou documentos e não saiu de lá com a fama de fanfarrão irresponsável que parte da mídia e alguns dirigentes tentaram colocar nas costas dele. Muito pelo contrário. O presidente da CPI informou a existência de provas e repudiou a postura de algumas associações de arbitragem.
Não estou levantando suspeitas sobre Raphael Claus. Não o conheço. Acho um árbitro fraco, que erra lances banais e talvez por isso algumas pessoas pensem coisas equivocadas dele. A provocação que digo não envolve a escala, liberada pela CBF antes do depoimento de Textor. Mas pelo fato de a arbitragem do mesmo, no clássico entre Botafogo e Flamengo do ano passado, ter levantado muitas reclamações.
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É de bom tom não repetir árbitros envolvidos em polêmicas em jogos do time. Se bem que critério não é o forte do atual comando de arbitragem da CBF, haja vista os clássicos do Campeonato Brasileiro do ano passado. Não adotou os mesmos critérios para clássicos estaduais.
Raphael Claus não pode apitar clássico

O fato de Raphael Claus estar na mira da CPI, como noticiado por alguns veículos, torna ainda mais temeroso a sua escalação em um clássico justamente do dono da SAF que foi prestar depoimento na CPI. Se ele prejudicar o Botafogo em algum lance, mesmo que sem querer, vão acusá-lo. Se ele beneficiar o Botafogo, mesmo que sem querer, vão falar que ele quis disfarçar algo. Ou seja, não é prudente a sua presença no clássico.
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Vivemos em um momento onde associações de árbitros parecem desafiar o poder público. Soltam notas dando a impressão de que estão ironizando clubes. A própria arbitragem, com posturas como essas, se coloca sob suspeita e sem necessidade, pois a arbitragem brasileira conta com bons quadros. Uma pena. A CBF permitir que sua diretoria de arbitragem atue dessa forma, com este tipo de provocação, passa a impressão de desespero porque a CPI deu ouvidos a Textor. Mas ainda dá tempo de mudar a escala. Basta a CBF querer.