Marcelo Chamusca foi mantido pela diretoria do Botafogo mesmo com a eliminação na Copa do Brasil e com a queda na luta pelo título do Campeonato Carioca. Após o jogo com o Fluminense, derrota por 1 a 0, Eduardo Freeland disse que existe uma insatisfação com os resultados, mas confirmou o que o presidente Durcesio Mello tinha falando ao nosso blog. A confiança em Marcelo Chamusca existe e a aposta é no tempo que o treinador vai ter para trabalhar de olho na Série B. Mas esse tempo só vai valer à pena se duas coisas acontecerem.
A primeira é fundamental. A diretoria agilizar a chegada de reforços e colocar nas mãos do treinador um elenco que seja no mínimo equilibrado. A saída de Zé Welison, por exemplo, tirou do Botafogo o único jogador com características de marcador dentre os volantes. A zaga hoje fica sem proteção e o Botafogo não consegue mais ganhar nenhum rebote. Isso ficou muito claro até mesmo contra o frágil ABC. Além disso, quando se viu pressionado a atacar, isso vale para os dois últimos jogos, o Glorioso sentiu falta das referências ofensivas. Não se pode apostar em um garoto como Matheus Nascimento. Aos poucos ele vai crescer. Mas não pode ser queimado. Além disso um meia é urgência. Os que estão no plantel não dão fluxo ao jogo.
Chamusca tem que ficar menos irritadinho

Mas não basta apenas a diretoria equilibrar o elenco. Marcelo Chamusca também vai precisar rever seus conceitos. E não precisa inovar não. Basta apenas fazer aquilo que foi colocado em prática nos jogos contra Resende e Moto Club.
Chamusca precisa recuperar rapidamente a troca de passes em velocidade e a agilidade na saída ao ataque. Não vai fazer isso insistindo em nomes como Marcinho e Felipe Ferreira. Hora de apostar nos atletas com velocidade.
Além disso o treinador botafoguense precisa ficar menos irritadinho com o óbvio. Afinal de contas o Botafogo vem regredindo sim e pelo visto só ele acha que não. Se realmente vê alguma evolução do jogo com o Moto Club para o ABC ou do jogo contra o Resende para o clássico com o Fluminense é muito preocupante. Assim não sei em que nível de evolução estaremos na estreia na Série B.