Carlos Eduardo Sangenetto
03/08/2017
Rio de Janeiro (RJ)
O primeiro jogo de Leo Valencia pelo Botafogo com certeza deixou grande parte dos alvinegros animada com o que pode vir pela frente. Após uma espera de três semanas para ser regularizado na CBF, o chileno atuou por 49 minutos nesta quarta-feira, na derrota para o Palmeiras, no Nilton Santos, e deu sinais de que pode ser útil ao time de Jair Ventura.
Valencia entrou em campo com a camisa 17 no lugar de Rodrigo Lindoso, que tinha levado cartão amarelo, no intervalo. E logo que conseguiu dar seus primeiros toques na bola, tentou dar seu cartão de visitas para a torcida. Posicionado no lado direito do setor ofensivo do Fogão, não deixou o nervosismo de estreia tomar conta, pelo contrário, chamou a responsabilidade muitas vezes com jogadas individuais.
Leo Valencia foi o homem da bola parada do Botafogo no segundo tempo (Foto: Reprodução/Premiere)
Em sua primeira participação, aos quatro minutos do segundo tempo, buscou uma tabelinha perto da grande área, sofreu falta e ainda conseguiu arrancar um cartão amarelo de Egídio. Dois minutos depois, buscou nova infração adversária e, desta vez, cobrou a falta, finalizando para o gol. Bola parada, inclusive, que parece ser de seu domínio, pelo menos assim foi ontem no Niltão – o chileno cobrou até escanteio.
Mas a grande jogada, aquela que realmente deu vestígios de que o cara pode ser muito útil neste segundo semestre do Botafogo, foi o lance que originou o gol de empate alvinegro. Valencia caiu pelo lado esquerdo e enfiou uma bola milimétrica que cortou a área palmeirense até chegar a Roger, que após finalização, viu a redonda sobrar para Pimpão balançar as redes aos 9′.
Enfiada de bola de Valencia para Roger, que terminou no gol do Botafogo (Foto: Reprodução/Premiere)
Sei que foi apenas um tempo, mas vamos comentar aqui a primeira impressão mesmo, a ideia é essa. Caso Leo repita ou até melhore a atuação já apresentada, ganha o Glorioso, que se surpreendeu também, recentemente, com a habilidade/lisura de Marcos Vinícius. No entanto, tais peças ofensivas precisam ser utilizadas com responsabilidade e inteligência, para que não haja fuga das já conhecidas características da equipe.
Não deixou de ser um teste. O problema foram os seis pontos no ralo, ainda mais metade deles sendo contra o Palmeiras, um adversário direto pelo G6.
O que acharam do futebol do cara?
Seja bem-vindo, Valencia.
Saudações alvinegras!