Assumpção explica política ‘pés no chão’ do Bota e comenta críticas recebidas

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Por FogãoNET

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manhã desta terça-feira, a delegação do Botafogo seguiu para o Equador, onde na quarta-feira, às 22h, no Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito, o time fará a estreia na Libertadores, contra o Deportivo Quito. E para acompanhar este momento histórico – já que há 17 anos o Alvinegro não disputava a competição – o presidente Mauricio Assumpção chegou bem cedo – por volta das 4h da manhã – ao Aeroporto Internacional Tom Jobim para ir com os jogadores na tentativa de recolocar o clube entre os mais temidos da América.

Ao lado do roupeiro José Barbosa, enquanto realizava o check-in na companhia aérea antes de embarcar, o dirigente atendeu a reportagem do LANCE!Net e comentou a preparação do elenco. Assumpção disse não estar frustrado por não ter conseguido mais reforços, tampouco lamenta a perda de Seedorf. Confira abaixou na íntegra a conversa com o presidente alvinegro:

 

A diretoria tentou trazer alguns reforços, mas não conseguiu devido aos altos custos? Sente-se frustrado por ser um ano de disputa da Copa Libertadores?

– Isso não é uma frustração, é uma realidade. Quem fizer loucura não sobrevive e não passa do meio do ano. Temos um embargo de 100% das nossas receitas de TV por questões trabalhistas. Como vou pagar as contas sem estas receitas? Ninguém tem dinheiro para contratar. Os jogadores que vieram são por empréstimos, ou tiveram vínculos encerrados com outros clubes. Dentro da nossa realidade temos uma equipe forte e praparada para disputar a Libertadores. Não temos espaço para lamentar, pois esta é realidade do clube.

O que pode dizer ao torcedor que desejava ter uma equipe mais forte neste ano e não teve?

Volto a dizer, é a realidade do Botafogo é essa. O torcedor pode fazer a diferença, ele sabe como fazer a diferença, resta saber se ele quer fazer. Este é o papel do torcedor. Essa diretoria já deu mais do que provas do quanto ela se dedica ao Botafogo. Por que nós estamos há 17 anos sem disputar a Libertadores? Por que nós estamos há tanto tempo sem disputar uma competição dessas? Por que será?

Essa diretoria, que nas redes sociais comentam sobre a minha omissão, alguns comentários jocosos com relação à falta de ambição da diretoria para contratar. Foi essa diretoria que levou o clube à Libertadores, que ganhou dois estaduais, que reestruturou as divisões de base… Seria bom que a torcida parasse um pouquinho e penssasse. Com a receita que nós temos, com todas as dificuldades, com o estádio fechado que tivemos, nós estamos disputando a Libertadores… Essa diretoria é tão ruim assim?

Aliada a esta dificuldade para contratar, o elenco ainda perdeu alguns jogadores, o mais imoportante foi o Seedorf. O time tem condições de superar esta perda?

Não temos porque lamentarmos. Perdemos o Seedorf porque ele se aponsentou e não porque foi jogar em outro time. Ele se aposentou e foi treinar o Milan, era a oportunidade da vida dele, ele deixou isso claro. A Libertadores para o Seedorf era um desafio, mas que ele já havia passado na carreira dele como jogador. Sem o Seedorf nós vamos sobreviver, pois este grupo é forte suficientemente para isso.

Pelas contratações que foram feitas e pela preparação, na sua avaliação, como o time chega para esta primeira fase?

A expectaiva é de que possamos fazer um bom jogo para entramos a “110 por hora” na Libertadores. Para entramos na fase de grupos, temos de passar por estes dois jogos. O Deportivo Quito tem a mesma ambição, obviamente temos de estar focados e concientes de que será tudo ou nada, não haverá uma segunda chance. É esta agora e acabou. Nos grupos você pode perder um jogo e se recuperar depois, aqui não, é mata-mata. Se não entrarmos espertos, quando nos dermos conta, a vaga já foi para o brejo.

Como avaliou o desempenho da equipe titular, contra o Madureira, que serviu de teste para a estreia na Libertadores?

Gostei muito da postura do time. Gostei da marcação, da movimentação do Lodeiro, do Jorge Wagner, no meio-campo ofensivo… Infelizmente o nosso calendário é muito apertado em termos de pré-temporada. É preciso adequar este calendário para que os clubes façam uma preparação decente. Acho que estamos em um nível muito bom, mas poderia ser melhor se tivéssemos mais tempo.

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