Em meio à pandemia do coronavírus, a torcida do Botafogo pode continuar alimentando a esperança de mais uma grande contratação internacional para quando a bola voltar a rolar no Brasil. O vice-presidente de Finanças e Marketing e membro do conselho gestor do futebol do clube, Ricardo Rotenberg, confirmou à reportagem que segue negociando com os meios-campistas Yaya Touré (37 anos, marfinense) e John Obi Mikel (33 anos, nigeriano).
“Conversei semana passada com os dois jogadores e com os seus empresários também. As negociações continuam e somente a parte salarial ainda não foi acertada”, afirmou o dirigente.
Rotenberg não quis confirmar o valor dos salários oferecidos aos dois jogadores, mas indicou que são inferiores a US$ 100 mil dólares (R$ 582 mil na cotação atual). As propostas dos dois atletas, no entanto, são superiores ao valor oferecido pelo clube.
No caso de Yaya Touré, o jogador encontra um pouco de resistência por parte da esposa, marfinense como ele, que gostaria de continuar morando em Londres.
No entanto, o jogador ficou muito tocado com as mensagens que recebeu dos torcedores alvinegros nas suas mídias sociais por ocasião de seu recente aniversário nesta última quarta-feira.
Mikel, por sua vez, não tem esse problema com a esposa, de origem russa. Segundo apurou a reportagem, ela vê com bons olhos a mudança para o Rio de Janeiro.
Yaya Touré tem como maior motivação em sua possível vinda para o Botafogo o fato de não ter ido bem recentemente no futebol chinês, onde atuou pelo Qingdao Huanghai.
Com Mikel ocorre o contrário. Ele fazia uma ótima temporada na Turquia, pelo Trabzonspor, e só rescindiu seu contrato com o clube turco devido à pandemia, retornando para Londres, onde tem sua residência permanente.
Para o Botafogo é um ou outro jogador. O clube, que já tem o meia japonês Keisuke Honda no seu elenco, faria um grande esforço e só teria condições financeiras para contratar um dos dois meio-campistas africanos.
“Com Yaya ganharíamos muito no aspecto de marketing e junto aos torcedores. Com o Mikel, o ganho seria mais forte dentro de campo”, afirmou Rotenberg.
O dirigente confirmou também que qualquer definição do negócio só irá acontecer quando o futebol brasileiro retornar aos jogos, por vontade tanto do clube, como dos jogadores, que não desejam sacramentar nada antes da vida voltar ao normal em todo planeta.